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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Senhor Presidente
Por Maria A. Paiva Corá
Eu quando vejo o presidente
Tratando do povo sertanejo
Não acredito, duvido!
E aproveito o ensejo
Pra dizer neste poema de poeta falido
Que tristeza minha gente.
Senhor Presidente, esse salário
Não enche o bucho da gente.
Há tanto tempo, Senhor Presidente,
Não há quem aquente!
Coitado do operário,
Quer ter vida mais decente.
Demitiram tanta gente
Alegando conter despesa
Que lamentável incidente.
Queria mudar a natureza
Fez sofrer tanta gente
Diante de tanta lábia e safadeza.
O país não tem memória
Voltou tudo ao esquecimento.
O povo coitado! Um detalhe na história
Vai sofrendo como um judeu
Mas garras do filisteu
Vai curtindo o seu relento.
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