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sábado, 10 de julho de 2010

A Infância do Senhor Jesus



Por Maria Paiva Corá


O anjo Gabriel apareceu a Maria na cidade de Nazaré, a qual era virgem e noiva de José, e anuncia que ela viria a conceber do Espírito Santo e que daria ao seu filho o nome de Jesus. Mateus traz a informação de que José, ao saber que sua noiva estava grávida, não teria compreendido inicialmente que Maria recebera a missão de conceber o Messias e se afastou dela. Mas em sonho, um anjo lhe revelou a vontade de Deus, e ele aceitando-a, recebeu Maria como esposa.

Segundo Mateus, o imperador Otávio Augusto teria promovido um recenseamento de todos os habitantes do Império, tendo estes que se alistar em suas respectivas cidades. José, por ser da cidade de Belém, teria levado Maria até esta cidade. Chegando ao local de destino, por não terem encontrado hospedagem, Jesus nasce em uma manjedoura. Segundo Lucas, os pastores da região, avisados por um anjo, vieram até o local do nascimento de Jesus.

Completados os oito dias que determinava a tradição judaica, Jesus foi apresentado no templo por sua família para ser circuncidado.Havia em Jerusalém um velho, chamado Simeão, homem justo e temente a Deus, a quem o Espírito Santo tinha revelado que não morreria antes de ter visto o Salvador. Simeão estava no templo e recebeu o Menino Jesus nos seus braços e louvou a Deus. "Agora posso morrer em paz porque os meus olhos viram o Senhor", disse emocionado. Em Jerusalém também se encontrava Ana, uma piedosa senhora viúva de 84 anos, que servia a Deus, noite e dia, em jejuns e orações que também se pôs a louvar ao Senhor e o abençoou.

Segundo o relato do evangelista Mateus, Jesus teria recebido a visita dos magos do oriente, os quais, segundo a tradição natalina, seriam três reis da Pérsia. Os magos teriam chegado a Jerusalém seguindo a trajetória de uma estrela que anunciaria a vinda do Messias ao mundo. E, ao encontrarem Jesus com Maria, adoraram-lhe e ofertaram ouro, incenso e mirra representando, respectivamente, a sua realeza, a sua divindade e a sua imortalidade. Por causa desta visita Herodes teria se decidido a matar aquele que lhe iria tomar o trono. Tal notícia teria chegado a José, que então foge com Maria e o menino para o Egito. Jesus e sua família teriam permanecido no Egito até a morte de Herodes, quando então José, após ser avisado por um anjo em seus sonhos, retorna para a cidade de Nazaré.

Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém por ocasião da festa de Pessach, a Páscoa judaica. Quando Jesus chegou à idade de doze anos, foi também com eles. Lucas diz que, aos 12 anos, ele foi com eles e lá surpreendeu os doutores do Templo pela facilidade com que aprendia os ensinos, e por suas perguntas intrigantes.

Depois da solenidade, Maria e José regressaram, mas o Menino ficou em Jerusalém sem que os pais percebessem. Julgando que ele estava em outro grupo, andaram um dia de caminho. Depois, procuraram-no entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, em busca do filho. Foram ao templo e lá o encontraram, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos estavam admirados com a sua sabedoria e as suas respostas. A Mãe disse-lhe: "Meu filho, por que fizeste assim? Teu pai e eu estávamos aflitos procurando-te". Jesus respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que estava na casa de meu Pai?".
Jesus voltou a Nazaré com seus pais. Prestava-lhes obediência e crescia em sabedoria, em idade e em graça, diante de Deus e dos homens.

A Decepção verde e amarela




Por Maria Paiva Corá


A Copa do Mundo acabou, pelo menos, para muitos brasileiros. A eliminação para a Holanda, pelas quartas de final, representou o fim do sonho do hexacampeonato, que almejamos desde o último Mundial na Alemanha, em 2006. E por incrível que pareça, o fracasso de quatro anos atrás se repetiu e na mesma fase. Pior. Quase da mesma forma. A bola dominada pelos europeus e temida pelos brasileiros voltou a ser vilã em uma Copa. Dessa vez, porém, foram os holandeses, assim como os franceses em 2006, nos mandaram embora.

O mais impressionaste disso tudo e que nos chama a atenção, é de que muitos brasileiros enfeitaram casas, carros, compraram bandeiras e camisas verdes e amarelas com o desejo da vitória. Com a derrota, foram retirados todos os enfeites, todas as bandeiras e voltaram à antiga rotina, numa demonstração de que o patriotismo também acabou. A bela decoração do país foi para o lixo. O otimismo que estava contagiante e a caracterização com a camisa oficial da seleção brasileira deu lugar a um sentimento de frustração total. O Mundial da África continuou para os outros, mas a festa que estava armada em nosso país acabou. O Brasil, que mais uma vez vestiu as cores da seleção, chora a eliminação diante da Holanda. A volta precoce do time canarinho é frustrante para muitos, embora a maioria dos 190 milhões de torcedores não acreditassem que o time convocado por Dunga tivesse futuro nesta Copa. A “pátria de chuteiras” sempre fala mais alto quando o Brasil entra em campo.

A Copa do Mundo acabou, mas a vida continua e a partir de agora começa o período em que é permitida a propaganda eleitoral e em outubro vamos escolher pelo voto, aqueles que dirigirão os destinos da nação nos próximos quatro anos. É bem verdade que o sonho acabou do hexa na Copa, mas não podemos demonstrar amor pelo nosso país somente em época de Copa do Mundo, o que demonstra um enorme descaso para os rumos que estão tomando a nossa nação. Fiquemos atentos porque este ano de 2010 é ano de eleições, e somos responsáveis em eleger representantes honestos e decentes para as mais diferentes funções dos cargos políticos da nossa nação. Por que não continuarmos imbuídos desse patriotismo, com o objetivo de conduzir ao Palácio do Planalto, Assembléias Legislativas e Congresso Nacional pessoas mais capazes para dar ao Brasil o verdadeiro título de campeão, porque não queremos um país campeão em corrupção, em desemprego, em injustiças sociais e impunidades. Queremos sim uma vida melhor e mais digna para todos os brasileiros, bem como progresso e bem-estar da nação.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Essa tal (des)teologia não passa de uma onda



Por Maria Paiva Corá

Tenho percebido o regresso de muitos cristãos de igrejas que pregam a teologia da prosperidade para as igrejas conservadoras. O motivo é a pregação contínua de uma mensagem materialista. Acredito que as pessoas estão caindo em si e estão de volta para o local de onde haviam saído.

Foi o que aconteceu comigo e com a minha família. Retornamos para uma Igreja conservadora por não encontrarmos em algumas igrejas evangélicas nenhuma firmeza na Palavra de Deus.

Espero sinceramente que os crentes estejam percebendo o embuste contido no evangelho dos lucros, voltando assim para o evangelho bíblico; e que fique evidente que essa tal (des)teologia não passa de uma onda e que agora descamba para o seu fim. Que isso parece um sonho, uma grande utopia não resta dúvida, mas não vamos perder a esperança.

Espero sinceramente que a busca pela firmeza doutrinária e pelos valores morais seja o nosso objetivos como crentes no Senhor Jesus, entretanto, gostaria também que encontrássemos igrejas evangélicas mais comprometidas com a Palavra e que não se curvem ante as demandas do nosso tempo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Superpai



por Odiléia Lindqüist


Essa expressão pode evocar a figura de uma pessoa tipo Rambo, Sansão. No entanto, não é esse o enfoque que desejamos dar. Não é também a figura de um homem herói, invulnerável, um verdadeiro deus na Terra.

O que pretendemos mostrar como superpai é um homem que pode ser rico ou pobre; pode ter grande cultura ou ser um iletrado; pode morar numa grande cidade ou viver no anonimato de uma ilha distante, isolado de quase todos.

O superpai é simplesmente um homem. Um homem como qualquer outro, que ri, chora, se deleita na contemplação da natureza – num belo pôr-de-sol, na quietude de um lago, no sorriso de uma criança, na chuva fininha lá fora.

O superpai é alguém que trabalha duro, de sol a sol, para oferecer à sua família o alimento, o abrigo, o agasalho, os estudos dos filhos.

O superpai nem sempre pode dar tudo o que seus filhos querem, mas o que tem é deles, inclusive ele mesmo, e isso faz toda a diferença.

O superpai é um homem que encontra tempo, não muito, para estar com sua família; tem disposição para ouvir, sentir, cuidar, tocar, caminhar ao lado espontaneamente.

O superpai, às vezes, faz coisas de que se arrepende. Por exemplo, perde a paciência diante da teimosia do filho, levanta a voz para repreender o adolescente que chegou tarde em casa, corrige de maneira irritada os pequenos que disputavam o mesmo brinquedo, mas, refletindo depois em suas atitudes, tem a nobreza de reconhecer sua falta e, olhando diretamente nos olhos dos filhos, pedir-lhes desculpas, e depois os abraçar, beijar e orar com eles.

O superpai ama profundamente a mãe dos seus filhos e é fiel a ela. Ele se envolve nas lides domésticas, é carinhoso e gentil em atitudes dentro e fora de casa. Os filhos sabem que entre eles existe um sincero e puro amor.

O superpai é um autêntico modelo do verdadeiro cristianismo testemunhado aos filhos e à comunidade. É alguém que sabe estabelecer o ritmo de espiritualidade dentro de sua casa e o faz amavelmente, sem farisaísmo ou pressão, como um homem de caráter varonil e de paixões controladas.

O superpai representa um legislador dentro de sua casa e tem todos os membros da família centralizados nele como verdadeiro sacerdote, intercedendo e confessando diante de Deus, tanto os seus pecados quanto os de sua casa, os conhecidos como os secretos.

O superpai não confia em suas próprias forças, pois sabe que é simplesmente um homem falível, por isso, se apóia na força do Altíssimo. Ele toma a Palavra de Deus como sua conselheira, a oração como seu escudo e tem os anjos como cooperadores em sua jornada.

Quem sabe, diante desse arrazoado, você esteja se perguntando: É possível ser um superpai nesta sociedade pós-moderna?

Seguindo o pensamento de Charles R. Swindoll, em A Família Forte, perguntamos: Como romper com esse sistema que começou com a Revolução Industrial, tirando as pessoas da vida tranqüila e pacata em que viviam, para colocá-las apinhadas em cidades superpovoadas?

Como manter o mesmo relacionamento familiar agora, vivendo em apartamentos minúsculos, quando o pai e a mãe têm que sair ainda de madrugada para trabalhar em fábricas ou em grandes indústrias como verdadeiros robôs?

Parece mesmo impossível, pois nossa sociedade criou um outro modelo de pai – o pai urbano – aquele que sai de casa cedo e volta tarde da noite. É o pai-sombra. Ele só vê os filhos dormindo e, acordados, somente no final de semana, quando não faz horas extras.

Diante desse quadro, o que faz o sistema? Para compensar a ausência, encoraja os pais a dar todas aquelas coisas que eles mesmos nunca tiveram, mas sonharam possuir. Então, enchem os filhos de brinquedos eletrônicos, roupas de grife, título de sócio em algum clube, boas escolas, cursos especiais de natação, línguas, música etc. Procuram substituir essa ausência através dos bens materiais, uma boa casa, uma TV para cada um, inclusive uma Home Theater, cartões de crédito, computadores, celulares... e a lista continua.

Infelizmente, temos que admitir que nada disso substitui a presença do pai. Onde estão aqueles momentos mágicos quando os filhos aprendiam aos pés de seus pais? Onde foi parar aquela agradável companhia masculina em casa quando toda a família se reunia em descontração e relax? Onde os filhos vão desfrutar a segurança e o sentimento de integridade que os mais velhos transferiam para os mais jovens? Será que tudo isso se perdeu em meio à balbúrdia social em que vivemos?

Cremos que precisamos nos mobilizar e começar já uma nova revolução. A Revolução do Pai Presente. Precisamos dizer “não” ao sistema que empurra os pais para longe de suas famílias, longe daqueles a quem mais amam – filhos e esposa.

É necessário compreender que os filhos precisam da presença do pai enquanto ele está vivo. Eles precisam da sua influência na tomada de decisões importantes da vida. Você, pai, precisa estar ao lado deles e ser essas ocasiões as lembranças mais agradáveis que eles terão de você.

Querido papai, sua família não espera que você seja um modelo de perfeição, um super-herói em todas as áreas. Não! Não! A sua família quer apenas VOCÊ, sem maquiagem ou máscara. Sua família quer ouvir sua voz, receber seu sorriso, sentir sua presença, contar com suas palavras de apoio, de ânimo, de coragem. Sua família quer seu envolvimento, sua participação, suas orações.

Peça a Deus que o ajude a ser um superpai sendo, simplesmente, PAI.

Odiléia Lindquist é editora associada de Livros Didáticos da Casa Publicadora Brasileira.
Fonte: Revista Adventista, 2005, Casa Publicadora Brasileira

Carreira de mãe



de Autora Desconhecida

Uma mulher chamada Ana foi renovar sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era sua profissão. Ela hesitou, sem saber como se classificar. - "O que eu pergunto é se tem algum trabalho" - insistiu o funcionário. - "Claro que tenho um trabalho" - exclamou Ana - "Sou mãe!" - "Nós não consideramos mãe um trabalho. Vou colocar dona de casa" - disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
- "Qual é a sua ocupação?", perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto. As palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora: - "Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
A funcionária fez uma pausa, a caneta permaneceu apontada pra o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem. Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
- "Posso perguntar" - disse-me ela com novo interesse - "o que faz exatamente?"
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
- "Desenvolvo um programa de longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?). O grau de exigência é a nível de 14 horas por dia (para não dizer 24)".
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária, que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente abriu-me a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
Do andar de cima, pude ouvir meu novo experimento - um bebê de seis meses - testando uma nova tonalidade de voz. Senti-me triunfante!
Maternidade... que carreira gloriosa! Assim, as avós deviam ser chamadas Doutoras-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas, as bisavós Doutoras-Executivas-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas e as tias Doutoras-Assistentes.

Minha filha é uma torcedora genuína


Tenho duas filhas: Luíza (14 anos) e Giovanna (12 anos) que são torcedoras do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense, influenciadas pelo meu sogro que é gaúcho. A primeira é uma torcedora tranqüila, mas a segunda é uma torcedora genuína. Quando ela assiste aos jogos, se envolve, comenta e se agita o tempo todo dando seus palpites.
Nesta Copa do Mundo na África do Sul, ela está encantada com os jogos das seleções do Brasil, da Alemanha e da Argentina. Quanto à seleção brasileira, ela já elegeu o seu astro, que é o Robinho. E o mais impressionante ainda é que ela está encantada com o desempenho dele na Seleção. Segundo ela, Robinho é veloz. E não é que a espertinha tem razão porque até agora realmente Robinho tem se destacado.
Cada jogo é uma história e o mais importante para nós é a vitória da Seleção brasileira, mas caso ela não ganhe, estou torcendo pelo time da Argentina só para ver a felicidade de Maradona, disse Giovanna. Por incrível que pareça, o Garoto de Ouro realmente conquistou o coração de minha filha e de muitas outras pessoas no mundo todo. Eu confesso que eu também gosto de ver a vibração de Dom Diego a cada gol. Fico pensando que seria maravilhoso ter um duelo entre Brasil e Argentina, porque sem sombra de dúvida, seria uma das decisões históricas da Copa do Mundo.
A seleção dos hermanos é apontada como uma das favoritas do Mundial e está provando que foi à África do Sul para vencer a Copa do Mundo. Se a Argentina for campeã na África do Sul, Dom Diego que já tem muita história vai encantar ainda mais não só o seu país mas o mundo todo com o seu jeito inquieto e agitado, que não pára de andar e gritar com os seus jogadores.
El Pibe de Oro (o Garoto de Ouro), como é chamado, é assim mesmo: líder, inquieto e muito polêmico. Em toda a sua vida ele tem muita história para contar e põe história nisso. Mas que ele também é acima de tudo bom de bola isso ninguém duvida.