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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

MARIA MÃE DE JESUS



Maria  era apenas uma jovenzinha  que morava em Nazaré e obviamente já tinha ouvido falar muitas vezes sobre a vinda do  Messias (O Ungido), que seria enviado por Deus.  Ela estava sempre ocupada carregando água, cuidando da colheita, preparando comida, fiando e tecendo. Mas naquele dia em especial, ela  estava em casa descansando. Era meio dia e lá fora  o sol brilhava escaldante. Ela deveria estar pensando em José, o carpinteiro, seu noivo e de  como ele era carinhoso e bondoso.  Quando foi anunciado o noivado para a família, todos ficaram felizes. Agora só restava esperar pelo casamento.

De repente seus pensamentos foram interrompidos por um sentimento de haver mais alguém em casa. Ao se virar, ela deparou com um anjo vindo em sua direção. Maria ficou muito surpresa. Ela não conseguia dizer nenhuma palavra. Só conseguiu olhar para o anjo, que se aproximando dela,  falou: “Saudações! Deus se agradou muito de você. Ele está com você”. Nesse exato momento ela caiu de joelhos porque estava em choque. O que poderia significar tudo isso? O que o anjo quis dizer quando falou: “Deus Se agradou de você”?

Sua primeira reação foi ficar completamente perplexa enquanto, solenemente, o anjo lhe assegurava o favor divino.  Suas palavras ditas em seguida não fizeram sentido para ela: “Não tenha medo. Deus tem acompanhado a sua vida e Ele sabe o quando você deseja servi-Lo. Ele está muito contente com você. Logo você terá um bebê e o chamará de Jesus. Esse garoto será poderoso e será chamado de Filho do Altíssimo. Deus dará a Ele o trono de Seu pai Davi e Ele governará a casa de Jacó para sempre. O Seu reinado nunca acabará.” (Lucas 1:30-33)

Mas isso parecia impossível, não é mesmo?  Maria era virgem e ainda não se casara, então como poderia ela ter um filho? Pois foi isso o que ela perguntou ao anjo e ele respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá. Seu filho será santo e chamado de Filho de Deus. Sua prima Isabel também terá um filho, mesmo sendo ela já de idade avançada. Todos disseram que ela nunca teria filhos, mas agora terá um, daqui a três meses, pois já está grávida há seis meses. Nada é impossível para Deus”.

Naquele momento, um turbilhão de emoções deve ter invadido a mente de Maria, mas ela simplesmente inclinou sua cabeça, mesmo assustada, mas sem hesitar, disse: “ Eu sou uma serva do Deus. Que tudo aconteça como você diz.”

Depois de falar com Maria, o anjo desapareceu. Em seguida, ela orou silenciosamente por um longo tempo. Depois, levantou-se bem devagar, olhando ao redor, para aquela humilde casa. Agora ela precisava conversar sobre o acontecido com alguém. Mas quem acreditaria nela? Maria ficou ruminando as palavras do anjo: “sua prima Isabel também terá uma criança.” Levantou-se depressa e foi ao encontro de Isabel,  que morava em uma cidade da região montanhosa de Judá, afinal ela poderia compreender seus sentimentos naquele momento.

Ao chegar e cumprimentar sua prima, ela percebeu que tinha ido ao lugar certo. Isabel era a esposa de Zacarias, e já sabia de tudo.  Ela correu ao  encontro de Maria e  abraçando ela, a abençoou. E a criança que estava no útero de Isabel começou a chutar dentro dela. Elas riram, pois estavam muito contentes.

Maria começou a contar tudo o que tinha acontecido. Elas tinham agora muito que conversar. Deus as havia escolhido para grandes responsabilidades e missões muito especiais. Elas realmente tinham grandes motivos para  louvar e agradecer a Deus.

Eu amo esta cena  onde Maria e Isabel  estão regozijando-se no que Deus tem feito na vida delas. Duas mulheres que foram abençoados com  gravidez milagrosa. Que nossos corações sejam invadidos pelo mesmo espírito de adoração e alegria que dominaram a alma delas e também dos pastores  em Belém de Judá, há milhares de anos, com o milagre do nascimento de Jesus.


Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Maria Paiva Corá


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DE DEUS NÃO SE ZOMBA



Na bíblia, em II Reis 2.23 a 25, nos mostra uma história interessante sobre um incidente envolvendo alguns rapazes no antigo Israel, com o profeta Eliseu, que não acabou nada bem.

Eliseu foi discípulo do Profeta Elias e chamado para ocupar o seu lugar, depois que ele foi levado para o Céu. Uma das responsabilidades de Eliseu era dirigir algumas escolas, localizadas em várias cidades do antigo Israel. Certo dia, o profeta Eliseu, considerado o ” homem de Deus”, viajou para Betel, onde havia uma dessas escolas de profetas.

Quando ele chegou naquela cidade, e, andando ele pelo caminho, um grupo de rapazinhos, provavelmente garotos no fim da adolescência,  saiu da cidade, e começou a zombar dele, e diziam-lhe: “Sobe, careca; sobe, careca!”  Elizeu não era velho, porque só veio a morrer  cinqüenta anos mais tarde, mas já se encontrava totalmente calvo.

Obviamente o insulto tinha como alvo não somente a calvície de Eliseu, mas a Deus que ele representava. Com o escárnio para com Eliseu e a rejeição de sua autoridade profética, os rapazes estavam afrontando e rejeitando a autoridade de Deus.  A zombaria deles também representava a irreverência de uma geração que demonstrava crescente desrespeito para com os mais velhos. E “Sobe, sobe” tinha também o significado de  “cai fora” ou talvez “vai logo para o Céu  (como Elias), seu santarrão”, uma referência sarcástica à ascensão do profeta Elias. Além das gritarias, eles deveriam estar fazendo gestos obscenos e ameaças. Esses rapazes tinham perdido totalmente a noção do perigo porque insultar Deus e a Sua Palavra pode ser muito perigoso.

O profeta Eliseu era um homem íntegro, muito bondoso e calmo, mas precisava defender a honra de Deus.  Então, ele encarou os moços, com firmeza, e os amaldiçoou no nome do Senhor. Depois, simplesmente seguiu o seu caminho.  No entanto, alguns daqueles moços ainda incitavam os demais a continuar a brincadeira infeliz quando duas  ursas enormes saíram do bosque, e atacaram, despedaçando naquele dia, quarenta de dois  deles.

Você deve estar pensando: Como poderia um homem de Deus amaldiçoar tantas pessoas por causa de uma ofensa tão pequena? Veja bem, Eliseu não agiu em vingança, mas Deus deve ter usado as ursas para advertir aquela geração corrupta. Se estudarmos cuidadosamente esse incidente, em seu contexto, podemos perceber que foi um caso muito mais sério do que “uma simples ofensa”.
Esses jovens delinqüentes estavam perambulando pelas ruas em grupos de cinqüenta ou mais companheiros, prontos para perturbar até mesmo um homem de Deus conhecidíssimo, como Eliseu. Não se podem imaginar quanta violência teria praticado aos adultos reunidos no centro de Betel, caso lhes fosse permitido prosseguir na delinqüência. Talvez tenha sido por isso que Deus julgou ser apropriado que quarenta e dois deles fossem sentenciados à  morte dessa forma espetacular.
É certo que, desse dia em diante, toda a comunidade israelita tornou-se convicta de que Eliseu era um verdadeiro profeta e trazia uma palavra repleta de autoridade da parte de Deus. Até mesmo o impiedoso rei Jorão, filho de Acabe, passou a tratá-lo com grande deferência e respeito, depois desse fato, conforme está registrado em  2 Reis 3.11-13.
Essa calamidade mostra também que somos responsáveis pelos nossos atos, desde muito cedo.  E devemos ter muito cuidado com o hábito de ridicularizar os outros, principalmente aqueles que estão a serviço de Deus. Quando não conseguimos respeitar o sentimento dos outros, muitas vezes usamos, até sem perceber, meios de anular a outra pessoa. É o que acontece, por exemplo, quando ridicularizamos as pessoas, fazendo piadinhas.

Todos saem  perdendo quando deixamos uma pessoa infeliz, sentindo-se rejeitada, não só a chamada “vítima”. O ambiente onde  todos têm que conviver fica muito desagradável e o clima menos acolhedor.  Colocar-se no lugar do outro, tentar perceber o que ele sente, é um excelente jeito de compreender melhor a vida.  No Novo Testamento, na carta aos Hebreus nos ensina que cada um deve se colocar no lugar dos que sofrem:  Lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles” (Hebreus 13:3).

Shalom!

Maria Paiva Corá

sábado, 17 de dezembro de 2011

Hockern - Alemanha reinventa a “dança das cadeiras” e acaba transformando-a em um esporte radical





Hockern   é um jogo na Alemanha  que pode ser classificado em esporte bizarro. Ele envolve um monte de coisas ao mesmo tempo  como sentar, dançar, girar, e é difícil explicar que tipo de esporte ele é exatamente. Um jogador típico de Hockern  senta em um banquinho especialmente projetado para o esporte, chamado de Sporthocker, rodopia  no ar, faz uma parada de mão, e então rapidamente se senta novamente sobre ele.


O jogo foi introduzido há três anos por um casal de jovens empresários alemães que  dirigiam a empresa Sporthocker Salzig. Obviamente existem regras para este desporto aparentemente casual. Nenhum movimento é realmente considerado um movimento, a menos que termine com o jogador sentado no banco. Então, basicamente, trata-se de  uma porção de ginástica, que no final  o ginasta se senta. Como podem ver alguns dos movimentos básicos incluem girar o banquinho no chão e, em seguida equilibrar-se sobre ele, depois  jogá-lo no ar e rapidamente sentar novamente, onde  ele cair.

O esporte pode ser praticado individualmente ou em equipe. Os melhores jogadores são atualmente conhecidos como o Hockstars. As competições são realizadas regularmente em casas noturnas na Alemanha, e o mais famoso de todos é o Hocktoberfest. Hockern está ganhando em popularidade e está sendo realmente considerado como um esporte de demonstração nos próximos Jogos Olímpicos.


Ao considerar esse assunto num artigo no OddityCentral,  em  14 de Dezembro de 2011, impressionou-me bastante porque o esporte mais parece  uma evolução da famosa brincadeira da “dança das cadeiras”, mas os jovens alemães souberam muito bem como melhorá-la, eles foram além de seus limites e criou uma nova versão bem mais positiva e radical. “Imagine ir a uma festa de amigos, levando um banquinho, e fazer um desses truques especiais apenas para sentar-se. Isso seria incrível! disse um certo jovem empolgado. 

Ora, exageros à parte, os jovens realmente são apaixonados por esportes radicais e grandes desafios. Nesse jogo, o mais impressionante é que eles sabem que precisam vencer  desafios cada vez maiores e então  precisam colocar o coração nisso. Se não colocá-lo, não têm  sucesso.

Na nossa vida não é  diferente, precisamos colocar o coração em tudo que nos propomos a fazer. É preciso fibra e garra.  Por isso não podemos ficar desanimados, desencorajados. Lembre-se: o jogo ainda não acabou! Revigore o coração, voltando-o a Deus e Ele vai encorajá-lo a seguir adiante. Almeje ser um vencedor e empenhe-se nisso!

Shalom!

Maria Paiva Corá

Confira também os vídeos e veja melhor como é  praticado  o Hockern .








Vencendo os desafios da vida


“O sucesso encoraja-os: eles podem porque pensam que podem.”
Virgílio


O segredo do sucesso é fazer de cada momento o melhor. E o melhor da vida é o nosso presente. Precisamos aprender a viver cada instante como se fosse inusitado.

Precisamos também de motivação em todas as situações. É essa motivação que faz com que a vida seja leve, interessante, agradável e maravilhosa.

Shalom!

Maria Paiva Corá


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A atual crise política é a pior que já presenciamos



Quem nunca ouviu alguém falar que não aprecia a política no Brasil. Pelo menos, não do jeito como é exercida nos últimos tempos.  Ela está abominável, com pouquíssimas exceções.

Alguém disse certa vez,  de forma indignada: ”Na minha época de juventude, os tempos eram outros. Existiam os partidos que representavam de alguma forma a direita, o centro e a esquerda. As coisas eram claras. Existia o idealismo. Vestiam a camisa e morriam-se por ela ou com ela.  Alguns políticos eram velhas raposas. Mas ilustres e honrados”.

Confesso que eu também não aprecio a política no Brasil em nossos dias. No passado, uma pessoa que mudasse de partido ficava no ostracismo pelo resto da vida, acusada de “vira-casaca”. Era a marca do opróbrio. Hoje, o termo perdeu a força porque se viram casacas o tempo todo, com muito pouco pudor.

O mais comum é fazermos julgamentos errados das atitudes dos outros, por isso muita gente diz coisas bem injustas, sem imaginar a extensão dos problemas envolvidos. Mas em se tratando da política no Brasil,  a verdade é que são muitos os despreparados que chegaram ao poder público e estão deslumbrados e a corrupção corre solta sem nenhuma punição. Trata-se de um triste espetáculo para o povo brasileiro, do qual faço parte. É lamentável ficarmos contemplando grandes tramóias e como tudo desandou.

“Invertendo a máxima de Lord Acton, não é o poder que corrompe os indivíduos: são estes que corrompem o poder” disse recentemente José Serra em um de seus artigos. Segundo ele, Basta compreender que não é o poder que corrompe os indivíduos, mas que são estes que corrompem o poder. Basta que o exemplo venha de cima. O país, aliás, cobra o fim dos erros, dos crimes e da impunidade, muitas vezes adornados pelo deboche de quem acredita estar fora do alcance da lei.

Concordo plenamente com ele, porque basta conversar com as pessoas,  e podemos perceber a imensa demanda social pela ética na vida pública. Não podemos nos conformar  com esse  deprimente espetáculo na vida pública de nosso pais.  A atual crise política é a pior que já presenciamos. Pouquíssimos políticos se preocupam em agradar ao povo, embora grande seja a bancada de cristãos, com muito mais motivos para esforçar-se. Colocar-se no lugar do outro é ato de respeito, consideração e reconhecimento de valor e se  eles foram eleitos pelo povo  precisam ter  tal atitude.

A história da política no Brasil tem aspectos muito assustadores. Em nosso tempo, por exemplo, as atrocidades cometidas no meio  são imensuráveis. No fim das contas, temos um mundo dividido entre as pessoas éticas, que sempre fazem todo o trabalho que precisa ser feito e aqueles que somente se  sustentam pelo favorecimento político.  Enquanto isso, “o povo coitado, um detalhe na história vai sofrendo como um judeu nas garras dos filisteus e curtindo o seu relento”.

Com votos cordiais de bênçãos,

Maria  Paiva Corá


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A vida de Mefibosete


Ele passou por um caminho difícil. O protagonista é Mefibosete. Ele era o filho mais novo de Jônatas, o queridinho do palácio, neto caçula do rei Saul. Viveu até os cinco anos de idade cercado de atenções e riquezas.

A história dele é interessante e está registrada na Bíblia, em II Samuel capítulo 4:4 e 9. Tudo começou quando houve uma guerra e tanto seu pai quanto o avô foram mortos. Não foi  somente isso, os inimigos mataram todos os membros da família real. A ama que cuidava de Mefibosete ficou apavorada quando recebeu a notícia do que estava acontecendo. Apanhou o garoto e o escondeu no meio de algumas roupas, para que ninguém percebesse, e saiu correndo, desejando pegar alguma carruagem e fugir para outro país.

Nessa correria, entretanto, tropeçou e caiu por cima da criança. Mefibosete se machucou feio. Como não podia ser atendido ali, pois podiam ser  reconhecidos, a ama preferiu continuar a fuga. Quando eles chegaram a um lugar seguro já era tarde demais e o menino ficou aleijado de ambos os pés.

De um dia para o outro, Mefibosete perdeu toda sua família, e precisou ser adotado por uma família estrangeira. Passou a morar com a família de Maquir, na cidade de Lo-Debar. Eram pessoas ricas e bondosas, mas mesmo assim ele sofreu muito. Outra mudança difícil foi se acostumar com a perda da habilidade para andar e correr.  Teria que passar o resto da vida dependendo de muletas.

Mas não precisamos ficar com pena de Mefibosete.  Igual a tantas outras crianças deficientes, que perderam os pais, ele cresceu,  teve direito a integração,  educação, saúde, lazer, transporte e família. Ele também aprendeu uma profissão e se casou e logo  teve um filho, que recebeu o nome de Mica. Como pode ver ele não desanimou, seguiu em frente. Aprendeu a conviver com suas perdas. Desenvolveu novas amizades. Conheceu os costumes do lugar onde morava e era muito querido por todos. Ele não ficou remoendo suas dificuldades e sofrimentos.

Ele provavelmente tinha mais ou menos  22 anos de idade, quando Davi, o rei de Israel, que fora muito amigo de seu pai, descobriu que ele estava vivo. “Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da benevolência de Deus?” perguntou o rei a Ziba, um servo da casa de Saul: “Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés” respondeu ele (2 Samuel 9:3).

“Então mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar” (2 Samuel 9:5). O rei insistiu para que  Mefibosete voltasse para Jerusalém. Fez com que fossem devolvidas a ele as terras e casas que tinham sido de sua família. E mais: Mefibosete foi considerado convidado especial para todas as festas e comemorações do palácio real. E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa(2 Samuel 9:7).

A vida de Mefibosete teve quase tudo para ser uma tragédia, mas ele não perdeu o ânimo.  É preciso ter a mente aberta para o novo, aproveitar cada dia, cada acontecimento, cada pessoa de convívio e buscar sempre o aprendizado. Foi exatamente isso o que ele fez, mesmo nos piores momentos de sua vida,  não  faltou-lhe a bênção de Deus e a vontade de vencer.

Saúdo a todos com votos de um feliz Natal!

Maria Paiva Corá