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quinta-feira, 25 de julho de 2013

As transformações do conceito de artista




A arte é uma constante na história da humanidade. Todas as culturas possuem arte, mas sua diversidade torna difícil sua definição. Outra noção bastante complexa é a de artista. Enquanto para alguns o artista é todo aquele que faz arte, para outros, artista é apenas aquele que elabora uma obra de arte com consciência estética. Nessa segunda perspectiva, o artista existiria apenas na Grécia clássica e no Ocidente a partir do Renascimento. Em outras culturas e períodos, como no medievo europeu, por exemplo, o artista era um artesão, e a obra de arte tinha status semelhante ao de qualquer objeto produzido pelo trabalho manual humano.

Nesse sentido, e mais ainda naquelas sociedades em que a arte tinha um fim religioso ou mágico, a maioria das obras era anônima, pois pouco importava seu autor. Só no Renascimento, em que se retomou uma noção grega clássica, o artista tornou-se um indivíduo que se definia como artista, e não como artesão: era o artista-gênio, uma celebridade valorizada justamente por produzir arte.

Kalina Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005, p. 27-8 (com adaptações)




Nota:  Coloquei o título: As transformações do conceito de artista, porque achei que seria adequado para o texto.  [MPC]   

Operários a caminho de casa




                                           Edward Munch,  Operários a caminho de casa, 1913. Óleo sobre tela.


O pintor Eward Munch nasceu na Noruega, em 1863. A miséria e os conflitos de seu tempo, assim como as tragédias de sua própria vida – Munch perdeu seus pais e dois irmãos muito cedo, viveu amores tortuosos, entregou-se ao alcoolismo -, refletem-se na maior parte de seus trabalhos, particularmente em obras como A criança doente (1886) e O grito (1898).

Munch viveu entre Paris e Berlim, onde sofreu a influência de grandes artistas. Considerado um pintor impressionista, dava forma a uma visão subjetiva da realidade.

Depois de 1910, Munch retornou à Noruega, onde viveu e pintou até sua morte. Em suas últimas pinturas, revelou grande interesse pela natureza, e seu trabalho tornou-se mais colorido e menos pessimista. Faleceu tranquilamente em 1944, aos 81 anos, em sua propriedade rural em Ekely, que se transformou no Museu Munch em 1968.

No quadro de Edward Munch, Operários a caminho de casa, homens deixam uma fábrica após um dia provavelmente exaustivo de trabalho.  O artista nos sugere  por meio de suas fisionomias que há muitos homens já mais velhos e com semblantes cansados. A maioria usa chapéus gastos e roupas escuras que os tornam ainda mais tristes e taciturnos. Alguns têm barba e bigode, e também os olhos fundos de fadiga.

Por meio do traje igual e de traços mal definidos, Munch representa a falta de identidade dos operários de uma grande fábrica, assim como o dia-a-dia maçante desses trabalhadores, que vendem seu trabalho em troca de um salário geralmente baixo e à custa de muito sacrifício.
Se o pintor tivesse usado cores coloridas e alegres nesse trabalho, o efeito seria totalmente diferente, pois as cores remeteriam a uma situação de alegria, com maior dinamismo e vida, exatamente o oposto do que o artista nos passa nessa obra.


Um forte abraço,


Maria Paiva Corá

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Uma Luz Brilhante



Numa certa ocasião, já era noite  e os três discípulos:  Pedro, Tiago e João,  estavam se preparando para descansar depois de um dia longo e muito ocupado, mas  Jesus os chamou para ir com Ele até o topo de uma montanha. Depois de uma caminhada longa chegaram ao destino. Eles  ficaram olhando para  Jesus e esqueceram todo o cansaço. De repente uma luz resplandecente, vinda do céu, caiu sobre Jesus. O rosto dEle brilhava como a luz do Sol refletida num espelho. Suas roupas se tornaram brancas como a luz e era tão brilhante que os discípulos não foram capazes de moverem-se. Foi então que viram dois homens ao lado de Jesus e ficaram muito admirados ao perceberem tratar-se de Elias e Moisés.

Que coisa maravilhosa estava acontecendo! Elias e Moisés tinham vindo conversar com Jesus!  Os discípulos  ficaram sem fôlego. Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". (Mateus 17:4) Foi então que uma nuvem resplandecente desceu sobre eles. A nuvem parecia pedacinhos de diamantes de tão brilhante que era. E a voz de Deus soou forte e grave, fazendo tremer aquela montanha: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no! "  Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se! Não tenham medo! " E erguendo eles os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus. (Mateus 17:5-8)

Em João 8 Jesus também apresentou-se como luz: a luz do mundo e a luz da vida. Como luz do mundo, Ele iluminou a consciência dos que queriam apedrejar a mulher flagrada em pecado, mostrando-lhes que nenhum deles tinha condições de julgar aquela mulher, porque também tinham pecados. Por causa de tal luz, eles se retiraram. Assim, somente a mulher, pecadora arrependida, conheceu o Senhor como a luz da vida, como Aquele que não apenas ilumina nossos esconderijos mais secretos, revelando-nos quem realmente somos,  e também nos perdoa os pecados.

Muitas pessoas, ao verem sua situação sob a luz do Senhor, fogem de Sua presença, como que se considerando caso perdido. Outras, porém, mais sábias e ousadas, insistem ainda em permanecer na Sua presença, confessando-Lhe:  “Sim, Senhor, sou pecador e não posso atirar a primeira pedra. Reconheço os meus pecados, arrependo-me deles e clamo por Teu perdão”.

Um grande abraço!


Maria Paiva Corá



domingo, 21 de julho de 2013

A ostra

“E mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus.
As doze portas eram doze pérolas, cada porta feita de uma única pérola.”
(Apocalipse 21:10,21)


Quando uma ostra se abre para respirar, alguns grãos de areia passam por entre suas conchas por causa das correntes do oceano. Mas, ao fechar-se, a água não retira todos esses grãos, e um deles pode permanecer e incomodar tal como um cisco no olho, produzindo uma ferida. A partir desse pequeno dano, a ostra libera uma secreção, um fluído, que envolve o corpo estranho até que ele se cristalize,  formando, assim, uma pérola.


Vivemos nossa vida, como uma ostra no oceano, onde muitas coisas nos ferem. Podem ser o estresse, uma dificuldade financeira, uma enfermidade, um relacionamento não produtivo, um amigo que nos decepciona ou palavras negativas, de desânimo e crítica, que abatem nosso coração. Precisamos, por isso, aprender com a ostra:  antes de deixar que o problema nos envolva e nos fira mais profundamente, façamos com que a vida de Deus flua, a fim de que qualquer circunstância, hoje, seja transformada numa pérola. Se soubermos nos posicionar em Deus em qualquer situação, mesmo os mais profundos ferimentos se tornarão pérolas úteis para  a nossa edificação.

Adotamos  um ritmo acelerado que nos rouba a alegria de viver, mas precisamos fazer tudo sem murmurações  nem contendas, para que [nos tornemos] irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta.  O importante é auto-avaliar-se sempre, ficar aberto para o novo e ser flexível.  Meu desejo de coração é que você esteja cheio da graça e do amor de Deus, nosso Pai Celestial.



Maria A. Paiva Corá