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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
Ai, que dor de cabeça!
A dor de cabeça atormenta os mais
jovens, comprometendo a atenção, a memória e, inclusive, o desempenho escolar.
É comum encontrar por aí pais que
entendem essa queixa como uma desculpa dos filhos para se livrar das aulas. Mas
a verdade é que a reclamação, na maioria das vezes, tem fundamento. Uma análise
da Sociedade Brasileira de Cefaleia, a SBCe, concluiu que mais de 5 milhões de
crianças e adolescentes do país sofrem com dores de cabeça e, pior, 409 mil
experimentam, no mínimo, uma sensação de estourar os miolos a cada dois dias. “Esse problema com as crianças não é de hoje,
mas sempre foi menosprezado”, lamenta o neurologista Marco Antonio Arruda,
da SBCe.
Com uma incidência tão alta assim, não
é de espantar que várias instituições tenham passado a investir em pesquisas
sobre o tema. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acompanhou 60
crianças entre 8 e 12 anos de idade durante 24 meses. Elas foram divididas em
dois grupos. Um deles reunia quem nunca havia reclamado da chateação. No outro,
ficaram os meninos e as meninas que padeciam de enxaqueca, um tipo de cefaleia
que vem acompanhado de náuseas e sensibilidade à luz e ao barulho. “Analisamos a performance de todos na sala de
aula”, conta a neuropediatra e autora do trabalho, Thaís Rodrigues Villa.
No segundo grupo, era preciso esperar pelo menos três dias após a última crise
para que a pesquisadora pudesse observar a real repercussão do incômodo. “Descobrimos que esses pequenos, até mesmo
naqueles dias sem dor nenhuma, apresentavam dificuldades de atenção visual,
retenção de memória e velocidade no processamento das informações”,
completa Thaís.
Estudiosos da Itália, ao saberem dos
resultados do trabalho da Unifesp, resolveram replicá-lo e encontraram
evidências semelhantes. “O resultado
mostra que não se trata de uma característica apenas das crianças brasileiras.
As cefaleias prejudicam o desempenho escolar de jovens do mundo todo”,
revela Thaís. Os italianos chegaram à conclusão de que a garotada que vive com
esse peso na cabeça rende 10% menos diante do quadro-negro. Uma possível
explicação é que a enxaqueca prejudicaria o padrão de sono e o comportamento
infantil. Em tese, ela poderia até favorecer o surgimento do transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade. E, aí, as lições e provas ficam perdidas
em meio a esse fogo cruzado.
Se todas essas informações ainda não o
convenceram de que dor de cabeça infantil é um problema sério, talvez a
estimativa da SBCe mude sua opinião: somadas todas as faltas, são mais de 2,4
milhões de dias letivos perdidos todo ano por causa desse tormento. E, se não
bastasse, a intensidade e a frequência do distúrbio aumentam com a idade. Esse
fenômeno é pior no grupo das meninas, principalmente entre as adolescentes. “Isso por causa das alterações hormonais que
ocorrem nelas”, justifica o neurocirurgião Eduardo Barreto, da Sociedade
Brasileira de Neurocirurgia Funcional.
O pai e a mãe geralmente demonstram uma
preocupação maior quando o pequeno apresenta crises tão fortes que precisa ser
levado ao hospital. Mas não devemos esquecer que qualquer lamento, por mínimo
que seja já é um sinal de encrenca. Em um segundo momento, o estudo da Unifesp
mostrou que a maioria dos pais se surpreendeu ao ver que o motivo do queixume
não era brincadeira. “Achavam que só
adultos podiam sofrer de enxaqueca”, explica Thaís. Passado o choque
inicial, eles aceitavam o tratamento sem empecilhos, realizado com medicações
preventivas para corrigir as alterações químicas do cérebro responsáveis pelos
sintomas dolorosos.
E a pesquisa ainda foi além. Os
cientistas perceberam que, após sanar as crises que acometiam a meninada, o
desempenho escolar se igualava ao dos colegas sem as dores, reforçando a
importância de diagnóstico e terapia corretos. Manter um diário de episódios
ajuda a identificar o tipo de cefaleia e, assim, auxilia o profissional a
decidir a abordagem mais apropriada.
Para um alívio imediato durante os
picos de dor na infância, é recomendado que a criança se deite em um ambiente
silencioso, escuro e bem ventilado.
Mais do que uma sensação dolorosa uma
dor intensa que surge de uma hora para outra muitas vezes pode indicar algo
mais grave. Quando acompanhada de outros sintomas, como febre, os pais devem
entrar em contato com o pediatra e levar a criança para uma boa avaliação. “Pode ser um caso de meningite ou até de
hemorragia cerebral”, alerta Eduardo Barreto. O mesmo vale para dores
frequentes que não vão embora, mesmo após o jovem ter sido medicado. O
neurologista é capaz de auxiliar, mas lembre-se de dividir todas as informações
com o pediatra. Nessas horas, ambos são fundamentais.
O que evitar
·
Frutas cítricas
·
Chocolates
·
Leites e derivados
·
Ovos
O que dá alívio
·
Abóbora
·
Cerejas
·
Peras
·
Brócolis
Incidência do
problema
·
75,5% reclamam de dores pelo menos 4 vezes por mês
·
17,9% nunca se queixaram de dor de cabeça
·
4,1% Sofrem com o problema entre 5 e 9 dias por mês
·
1,5% Têm dores uma vez a cada dois dias
·
1% Convive com o distúrbio quase que diariamente
sábado, 22 de dezembro de 2012
Feliz, Feliz Natal!
"Eu estou pensando em você hoje porque é
Natal,
e eu lhe desejo felicidade.
E amanhã, porque será o dia seguinte ao Natal,
Eu ainda lhe desejarei felicidade.
Eu posso não ser capaz de lhe falar sobre isto diariamente,
Porque eu posso estar ausente, ou nós podemos estar
E amanhã, porque será o dia seguinte ao Natal,
Eu ainda lhe desejarei felicidade.
Eu posso não ser capaz de lhe falar sobre isto diariamente,
Porque eu posso estar ausente, ou nós podemos estar
muito ocupados.
Mas isso não faz diferença.
- Meus pensamentos e meus desejos estarão com você
Mas isso não faz diferença.
- Meus pensamentos e meus desejos estarão com você
da mesma forma.
Qualquer alegria ou sucesso que você tenha, me fará feliz.
Qualquer alegria ou sucesso que você tenha, me fará feliz.
Me iluminará por
todo ano.
Eu desejo à você o Espírito do Natal."
Eu desejo à você o Espírito do Natal."
Maria A. Paiva Corá
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Níveis de vitamina D e lesão cerebral traumática
Um
novo ensaio randomizado controlado do Irã sugere que a vitamina D pode
ter um papel importante no tratamento da lesão cerebral traumática.
O
estudo, liderado pelo professor Bahram Aminmansour e colegas da Isfahan
University of Medical Sciences, investigou se a vitamina D em conjunto com a
progesterona pode melhorar as taxas de recuperação em pacientes com lesão
cerebral traumática.
Atualmente,
os médicos têm poucos medicamentos que são efetivamente neuro-protetoras após
uma lesão cerebral traumática. A progesterona tem sido identificada como eficaz
e segura, protegendo a barreira sangue-cérebro, e ajudando a prevenir o edema
cerebral, a resposta inflamatória excessiva, e a necrose. Ela também ajuda a
estimular a formação de mielina, reduz os radicais livres, e ajuda a evitar a
perda neuronal.
Estudos
recentes têm sugerido que a deficiência de vitamina D pode piorar a lesão cerebral
traumática e reduzir os efeitos do tratamento em curso. Como a progesterona, a
vitamina D ativa é um neuroesteroide e provou ajudar a recuperação eficaz em
modelos animais, talvez por mecanismos semelhantes a da progesterona, que
também é um hormônio esteróide.
Os
pesquisadores incluíram pacientes internados por traumatismo crânio-encefálico,
tratando-os em menos de 8 horas de internação. Eles dividiram aleatoriamente 60
pacientes em três grupos, com 20 pacientes em cada um dos grupos seguintes:
Progesterona
. Estes pacientes foram injetados com 1 mg/kg de progesterona por via
intramuscular a cada 12 horas durante 5 dias.
Progesterona
+ vitamina D . Estes pacientes foram injetados com 1 mg/kg de progesterona por
via intramuscular a cada 12 horas durante 5 dias e também 200 UI/kg de vitamina
D uma vez por dia, durante 5 dias. Para uma pessoa de 150 lb, seriam
13.600 UI de vitamina D/dia, durante cinco dias.
Placebo.
Estes 20 pacientes foram injetados intramuscularmente com placebo.
Os
pesquisadores usaram a escala de coma de Glasgow para avaliar pacientes,
que é uma escala de 15 pontos que monitora a gravidade do coma através dos
olhos, respostas verbais e motoras, quanto maior a pontuação, melhor a
consciência. Antes do tratamento, os três grupos tinham pontuações perto de 6.
Três
meses após a intervenção, os pacientes do grupo progesterona + vitamina D
tiveram a mais alta classificação de escala média de 11,27, seguido pela
progesterona isolada com 10,25 e depois o placebo com 9,16 (p = 0,001).
Além
disso, após 3 meses, 35% dos pacientes no grupo da progesterona + vitamina D
tiveram “boa recuperação”, tal como
avaliada pela escala de resultados de Glasgow, enquanto apenas 25% teve esta
avaliação no grupo de progesterona e apenas 15% no grupo placebo (p = 0,03).
Dez por cento do grupo progesterona + vitamina grupo D faleceu, em comparação
com 20% do grupo de progesterona e de 40% no grupo placebo (p = 0,03).
Os
autores notaram que a o grupo progesterona + vitamina D apresentou os
resultados mais favoráveis provavelmente
por causa de uma variedade de mecanismos complementares, incluindo papel
benéfico da vitamina D no sistema imunitário, a sua ação anti-inflamatória e
redução de citocinas TH1. Além disso, a vitamina D previne a
hipercalcemia intracelular (não promove).
Os
pesquisadores concluem:
“O uso de progesterona combinada com a
vitamina D é sensato, no que a vitamina D em combinação com progesterona
melhora os mecanismos de reparação do sistema nervoso central considerando seus
caminhos comuns e também compensa outros mecanismos, que não são realizados
pela progesterona. Isso reduz a… possível falha de
um único tratamento.”
Fonte: Vitamin
D Council
Como Pode Jesus Ser Tanto Homem Como Deus?
No vídeo, Phil Ryken fala resumidamente sobre o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne (1 Tm 3:16)!
Um
dos grandes mistérios do universo é a encarnação de Jesus Cristo. Sua completa,
plena e verdadeira humanidade, mas também sua genuína e verdadeira deidade. E
penso que de fato teríamos de ser Deus para entender como a natureza humana e a
natureza divina são unidas na pessoa de Jesus Cristo. Mas é biblicamente claro
que ambas as coisas são verdadeiras.
É
óbvio a partir dos relatos nos evangelhos que Jesus era um homem de verdade.
Ele ficou cansado, Ele precisou de comida, Ele sofreu as limitações físicas do
corpo, e particularmente, Ele ofereceu Seu corpo em sacrifício, em uma morte
sangrenta na cruz. É nítido que Jesus foi e é um verdadeiro ser humano, mas
também é claro a partir do testemunho da Bíblia, e a partir do que Jesus disse
a respeito de Si mesmo, que Ele também é verdadeiramente Deus que Ele alegou
ser o mesmo Senhor Deus do Antigo Testamento, que Ele exigiu e mereceu ser
adorado como Deus. E agora Ele foi exaltado pelo Deus Pai a um lugar de governo
e domínio sobre todo o universo.
Crer
em Jesus é de fato crer tanto em sua genuína humanidade quanto em sua plena e
completa deidade. Ambas estas coisas são necessárias para nossa salvação. Nós
precisamos de um Salvador que se tornou carne e osso. A Bíblia diz que para que
Jesus pudesse salvar seus irmãos, Ele deveria se tornar como nós. E ainda
assim, para que pudesse fornecer uma perfeita expiação por nossos pecados, um
sacrifício infinitamente precioso, Ele também ofereceu o próprio sangue de
Deus, pode-se dizer. Um sacrifício perfeito baseado em Sua deidade. E ambas
estas coisas são necessárias para nossa salvação. Ambas são verdades bíblicas.
É um grande mistério. Mas devemos crer no que diz a Bíblia sobre a deidade e a
humanidade de Jesus Cristo.
Por Philip Ryken. Copyright
© 2012 T The Gospel Coalition, Inc. All rights reserved. Original: How Can Jesus Be Both Man And God?
Tradução: www.voltemosaoevangelho.com. Original: Phil
Ryken – Como Pode Jesus Ser Tanto Homem Como Deus?
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Exercício físico é bom remédio contra depressão, diz estudo
Atividades ajudam pacientes que não respondem satisfatoriamente à medicação - e substitui a introdução de novas drogas durante o tratamento da doença
Depressão: incluir atividades físicas diariamente no tratamento ajuda a
melhorar os índices de remissão da doença (Thinkstock)
A prática de exercícios físicos é tão
eficiente no controle da depressão que pode funcionar até como um tratamento
paralelo à medicação. É o que descobriram pesquisadores do Centro Médico UT Southwestern, nos Estados Unidos. De
acordo com a pesquisa, publicada no periódico especializado Journal of
Clinical Psychiatry, a atividade
física pode funcionar como um segundo medicamento aos pacientes que não
respondem satisfatoriamente à primeira medicação aplicada após o início do
tratamento.
Segundo os cientistas responsáveis
pela pesquisa, tanto os exercícios leves como os moderados, se feitos
diariamente, funcionam tão bem quanto a inclusão de uma nova droga ao
tratamento. O tipo e o nível do exercício a ser incluso da terapia, no entanto,
dependem das características de cada paciente – incluindo até mesmo o
sexo. “Muitos pacientes que começam
a tomar antidepressivos se sentem melhor após o início do tratamento, mas não
tão bem quanto antes do começo da depressão”, diz Madhukar Trivedi,
professor de psiquiatria e coordenador da pesquisa. De acordo com o
especialista, o estudo conseguiu mostrar que inserir a prática rotineira do
exercício físico pode ser tão efetivo quanto incluir uma segunda medicação à
terapia. “Parte dos pacientes prefere a
atividade física, porque o exercício pode ainda fornecer um efeito positivo à
saúde global dela.”
Levantamento – Os pesquisadores analisaram voluntários com diagnóstico de
depressão que tinham entre 18 e 70 anos. Todos não haviam respondido bem à
primeira medicação. Eles foram, então, divididos em dois grupos e receberam
níveis diferentes de atividade física durante 12 semanas. As sessões eram
supervisionadas por profissionais capacitados e acrescidas de atividades também
em casa.
Os participantes se exercitaram em
esteiras, bicicletas ergométricas ou em ambos e mantiveram um diário on-line
com frequência e duração das sessões. Eles usaram ainda um monitor cardíaco
enquanto se exercitavam em casa e mantinham consultas frequentes com
psiquiatras durante a pesquisa.
Ao fim da investigação, cerca de 30%
dos pacientes em ambos os grupos atingiram uma remissão completa da depressão e
outros 20% tiveram uma melhora significativa. Os exercícios moderados foram
mais eficazes para mulheres com um histórico familiar de doença mental, enquanto
o exercício intenso foi mais eficaz para mulheres que não tinham histórico de
depressão na família.
Para os homens, as atividades mais
intensas foram mais eficazes, independente do histórico familiar. “Esse é um resultado importante, porque
descobrimos que o tipo de exercício necessário depende de características
específicas do paciente, isso significa que o tratamento precisa ser adaptado
para cada paciente”, diz Trivedi.
Cinquenta Momentos Emocionantes do Cinema
São cinquenta
momentos emocionantes do cinema que procura atingir o coração de quem
estiver assistindo. A lista é excelente e muito interessante. São cenas
incríveis que mexe com o emocional. O
vídeo seleciona grandes e memoráveis cenas de grandes filmes e animações. Não
tem como não se emocionar vendo e/ou revendo tais cenas. O vídeo traz também
uma cena incrível, forte e emocionante do cinema brasileiro: Cidade de Deus.
Para cada um, sempre haverá uma cena
especial. Para mim foi O Menino do Pijama Listrado porque eu assisti
junto com a minha filha Luíza e ela chorou muito. Na ocasião ela tinha doze anos
e ficou realmente emocionada com o final surpreendente. Obviamente que também fiquei comovida com a
história, cujo protagonista é um menino
inocente e puro, que não tem ideias nazistas; mas um personagem cujo escudo é a
inocência. No filme também podemos ver a
figura da Mãe – papel muito bem interpretado por Vera Farmiga, mostrando o
quanto os alemães estavam desinformados sobre os terrores que foram cometidos
no Holocausto. Ela acaba descobrindo os “podres” e revolta-se contra eles com
veemência.
Como podem comprovar, são muitas cenas
incríveis e o vídeo consegue emocionar muitas pessoas e o
maior mérito está na forma como as imagens forma selecionadas.
Abaixo temos a listagem de 49 dos 50 filmes:
1. O Campeão
2. À Espera de um Milagre
3. Dançando no Escuro
4. As Confissões de Schmidt
5. Conta Comigo
6. Homem Elefante
7. Namorados para Sempre
8. Um Sonho de Liberdade
9. A escolha de Sofia
10. Gigante de Ferro
11. Up – Altas Aventuras
12. A Lista de Schindler
13. A Vida é Bela
14. 50%
15. O Rei Leão
16. A Cor Púrpura
17. A
História Sem Fim
18. O Segredo do Abismo
19. As Pontes de Madison
20. Os Últimos Passos de um Homem
21. A Sociedade do Anel
22. ???
23. Cidade de Deus
24. Platoon
25. O Resgate do Soldado Ryan
26. O Último Samurai
27. O Lutador
28. Meu Primeiro Amor
29. Marley e eu
30. Kick ass
31. Todo Mundo Quase Morto.
32. Branca de Neve
33. Bambi
34. Dumbo
35. Toy story 3
36. Coração Valente
37. A Outra História Americana
38. Gran Torino
39. O Exterminador do Futuro 2
40. Requiem para um Sonho
41. Harry Potter
42. Túmulo dos Vaga-lumes
43. Menina de Ouro
44. O Artista
45. O Menino do Pijama Listrado
46. O Show de Truman
47. Sobre Meninos e Lobos
48. Uma Prova de Amor
49. ET
50. O Retorno do Rei
E qual é a sua cena preferida?
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Coffee Beans, café para comer
Coffee Beans, café para comer. FOTOS: Cynthia Almeida Rosa/Estadão
A ideia parece um tanto simples: se o
cacau um dia foi bebida e se transformou em doce para ser mordido (e adorado),
por que o café não poderia trilhar o mesmo caminho? Em busca de um energético
para lançar no mercado, a empresa de chocolates SPA, do Espírito Santo, se
fez essa pergunta marota e criou o Coffee Beans (veja aqui o
vídeo da TV Estadão). Trata-se de um curioso docinho em forma de grão de
café que é, em resumo, “café de comer”.
Os criadores do produto usam grãos
arábica da variedade Mundo Novo, cultivados no Sul de Minas Gerais, que têm,
segundo eles, “notas de caramelo e chocolate, com acidez cítrica suave”.
Aplicam uma torra média para escura, moagem bem fina e mistura o pó a manteiga
de cacau (em torno de 30% do confeito), para conseguir a textura macia. O
resultado dessa fórmula é um docinho marrom, que ao incauto parece até
chocolate.
O De Grão em Grão levou os Coffee
Beans para que especialistas provassem as três versões do produto: ‘espresso’
(com café e açúcar), ‘café com leite’ (café, açúcar e leite em pó) e
‘cappuccino’ (café, açúcar, leite em pó e cacau em pó). Experimentaram conosco
as baristas Cecilia Sanada, consultora de cafés, e Gelma Franco, proprietária
do Il Barista, e a chocolatière Luciana Lobo, da Cau Chocolates.
Coffee Beans em três versões, ‘espresso’, ‘café com leite’ e ‘cappuccino’.
Coffee Beans em três versões,
‘espresso’, ‘café com leite’ e ‘cappuccino’.
Todas foram unânimes em um ponto: é
um produto curioso pela proposta, mas que requer ajustes. “É interessante.
Quanta matéria-prima descartamos em forma de borra? Teríamos um uso integral do
café”, opina Cecilia Sanada, que tem o costume de mascar o grão puro em sessões
de torra, um truque para verificar se atingiu o ponto adequado no processo.
Provamos os doces isoladamente e
depois harmonizando-os com cafés e com leite. Veja as opiniões.
O confeito
Sabor ‘Espresso’
Cecilia: há um residual de um bom café, mas acredito
que a torra esteja errada, talvez escura demais. Aqui ele está potencializado
em sabor. Também diminuiria um pouco o açúcar. Não consigo sentir as notas de
um grão do Sul de Minas, talvez por causa da gordura.
Gelma: É interessante, marcante. Não vejo problema
de torra, mas o açúcar em excesso mascara o café.
Luciana: É muito parecido com um chocolate de varejo
em sua consistência, mas não derrete fácil da boca, provavelmente por causa de
gordura hidrogenada. Não tem brilho e poderia ter menos açúcar. O aroma
(olfato) é mais interessante do que o sabor. Lembra bastante café.
Sabor ‘Café com leite’
Cecilia: Tem bastante leite, mas ainda é possível
sentir o café.
Gelma: É deste que mais gostei, mais equilibrado. É
cremoso.
Luciana: Este tem mais aroma de leite, acho fácil de
agradar. Ainda sinto o gosto açucarado.
Sabor ‘Cappuccino’
Cecilia: Sinto pouco gosto de café neste, sobressai o
cacau.
Gelma: Tem muito leite e pouco café. É bem docinho.
Luciana: Não sinto traço de cacau. Acho menos doce do
que o ‘café com leite’, mas ele perdeu o aroma de expresso ‘cheiroso’.
Confeito + bebidas
Junto com a equipe do De Grão em
Grão, Cecilia Sanada experimentou os confeitos, harmonizando-os com café
Octavio extraído em forma de expresso e filtrado na Hario V60.
Com expresso Octavio
Sabor Espresso: potencializou a doçura, derrete rápido na
boca. No segundo gole, ganha amargor e confere mais acidez à bebida. Não se
revelou a melhor harmonização.
Sabor Cappuccino: sente-se bastante o leite em pó e o
achocolatado. Harmonizou melhor com o expresso.
Sabor Café com leite: muito doce, que se evidencia ainda mais no
segundo gole.
·
Resultado:
é preciso ter cuidado ao acompanhar uma xícara de expresso, para não
descaracterizar uma bebida encorpada.
Com grão Octavio coado na Rario V60
Sabor Espresso: potencializa demais o açúcar. No segundo
gole, anula a bebida.
Sabor Cappuccino: também apaga o líquido delicado. É preciso
redobrar o cuidado.
Sabor Café com leite: anulou o café e o confeito. Ao misturar o
doce dentro da bebida, mexendo com auxílio de uma colher, vê-se que ele derrete
bem. Mas ainda assim, há um residual de amargor.
·
Resultado:
a delicadeza do filtrado não resiste à potência do Coffee Bean. Melhor não
tentar em casa sozinho.
Com leite vaporizado (35 ml)
Sabor Espresso: ao derretê-lo, percebe o problema do ponto de
torra.
Sabor Cappuccino: dá para sentir bem o chocolate, mas o café
fica apagado. É um leite com chocolate.
Sabor Café com leite: deixa o leite docinho (mas sem sabor de
café).
·
Resultado:
as versões cappuccino e café com leite podem render um submarino interessante,
mas não espere sabor de café acentuado.
Em São Paulo, o Coffee Beans está
à venda na loja Bombay, em embalagens de 500 gramas, por R$ 35,00.
As moedas Coffee Coins, também em porções de 500 gramas, para uso
culinário, saem por R$ 32,00.
Esse é chocolate
A chocolatière Luciana Lobo apresenta
na loja Cau o seu cafezinho de comer – mas com chocolate. Ela usa matéria-prima
da marca belga Callebaut (concentração 54%), que vira ganache, junto com uma
infusão de grãos da variedade Bourbon, cultivados em São Sebastião da Grama
(SP). Infusão ao pé da letra: os grãos são usados inteiros, sem moagem. Esse
‘chá’ perfuma o chocolate e resulta num doce delicadíssimo, que revela um
saboroso perfume de cafezinho. Custa R$ 4,00 a unidade.
Dicas do universo do chocolate
Luciana Lobo aponta algumas
características que busca nos bons chocolates – e que usou para avaliar os
cafés de comer. Segundo ela, você deve buscar:
- aroma – as notas do fruto devem
estar ali.
- ‘snap’ – é o som que se escuta ao
partir o chocolate. Indica que a temperagem foi bem-feita.
- brilho – mais um indicativo de que
a temperagem foi bem-feita.
- textura – ele deve derreter
facilmente na boca.
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