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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sem amor não há comprometimento e não há sucesso




Por Maria A. Paiva Corá

No limiar de um novo tempo pode-se dizer que as turbulências políticas no Brasil, mesmo indicando claramente a existência de desajustes, funcionaram em longo prazo como um processo de construção da democracia.  Não podemos esquecer que a formação do nosso jovem, seu temperamento, sua visão, sua escolha irá sem dúvida alguma definir parte significativa do destino do nosso país.

Entretanto, por causa da corrupção do homem e dos constantes ataques de violência, o Brasil precisa deixar de ser um país de hipócritas. É assustador como a violência e o embrutecimento dos costumes têm-se tornado cenas corriqueiras. Não passa um dia sequer sem que os meios de comunicação tragam notícias de violência, estupros e abusos sexuais de crianças. E bem sabemos que aquilo que chega a público é apenas a ponta do iceberg. Isso é visto no mundo inteiro. Ultimamente nas escolas têm acontecido as maiores atrocidades no meio dos estudantes. São adolescentes que agridem ao outro, ao social, a família e a si próprio. É bastante lamentável toda essa situação.

Liberalidade e falta de escrúpulos em todas as áreas fazem parte do nosso cotidiano. Tudo é permitido. Tabus e limites são considerados antiquados e ultrapassados. Com a crescente onda de violência verificada atualmente no país, muitos são os formadores de opiniões que têm se manifestado sobre o assunto. É o meu caso aqui neste blog. Eu não poderia deixar de falar sobre este triste tema, afinal é necessário frear, imediatamente, a imoralidade e a falta de ética, porque as conseqüências desse processo de decadência social serão terríveis e inevitáveis.

Perguntamo-nos como foi possível chegar a tal ponto? Quem protege nossas crianças, adolescentes e os jovens da sedução da sexualidade precoce, do consumo de álcool e de drogas, que arruínam as pessoas e que freqüentemente levam à morte ou ao suicídio? Todas essas provas de decadência são um claro apelo a vocês jovens para andarem na luz e mais próximos de Deus. A situação está tão séria que não podemos mais apenas comentá-la – devemos elevar a nossa voz e este é o nosso momento. Não vamos ficar adiando o que gostaríamos de fazer hoje objetivando amenizar este triste quadro. Jovens, é agora! O objetivo primeiro do Brasil na busca da redução da violência deve ser a identificação das causas e discutir o problema, buscando as soluções. Este é sem sombra de dúvida um dos grandes desafios para cada um de nós brasileiros.

Outro grande desafio para os jovens do nosso país é a atuação nas escolas. É preciso trabalhar os aspectos educativos, discutindo cidadania, direitos e deveres enquanto estudante e trabalhador. A escolha de seu trabalho com testes vocacionais voltados a aptidões é de real importância. Temos então que ter um olhar muito ampliado e engajado nas questões, com visão política e social.

Faz-se necessário estabelecer a cultura do comprometimento, construída a partir da prática correta da auto-estima. O modelo de comprometimento deve aceitar as pessoas como elas são: seres humanos – imperfeitos. Por isso precisamos ser mais tolerantes e solidários. Repetidas vezes, na Bíblia (no Novo Testamento) o amor é exaltado como o alvo mais elevado que existe. Sem amor não há comprometimento e não há sucesso. É inegável que nos últimos tempos os ataques têm se concentrado sobre a falta de amor pelo próximo – o amor tem esfriado pela injustiça que está tomando conta do mundo.

Os cenários normalmente são pintados de forma sombria: guerras, crise na economia mundial, catástrofes da natureza, epidemias, destruição do meio ambiente, manipulações genéticas... Além de tudo isso as pessoas ainda têm medo do futuro, que parece tão incerto, principalmente para os nossos jovens. A cada dia aumenta-se o pessimismo, aumentando ainda mais os temores. Onde está a esperança? Onde está a certeza inabalável de um futuro esplêndido e glorioso? Percebemos que os jovens estão perdendo o otimismo e ficando cada vez mais frios.

O grande desafio aqui é amar o nosso próximo, procurando uma maneira de construir um mundo melhor e mais humano. É a humanização mesmo. É de suma importância voltar ao princípio e não ter vergonha de ser sentimental. É muito gratificante poder ajudar alguém quando este precisa. Precisamos sair do conforto para outro patamar e isso implica em lidar com mudanças, quebra de paradigmas e enfrentar assuntos delicados requer competência. É muito bom olhar nos olhos do nosso irmão e ouvir o que ele tem a nos dizer e poder compartilhar nossas emoções e nosso viver. Precisamos nos humanizar mais, nos preocupar realmente com os outros ao nosso redor.

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