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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As “serpentes”




No Brasil, as serpentes são comumente chamadas de 'cobras'.  A palavra 'cobra' é uma designação popular para os ofídios em geral e, mesmo que ambos os termos sejam aceitos pelo dicionário, o mais correto é serpente. Na realidade o termo é utilizado apenas para um tipo de serpente, as Najas da África e Ásia. Da mesma forma que os portugueses, na época do ‘descobrimento’, atribuíram o nome de ‘índios’ aos nativos aqui encontrados, por acreditar  ser a  Índia, também atribuíram o nome ‘cobra’ às serpentes, acreditando  tratar-se das Najas da Índia. Aqui  não é errado utilizar o termo ‘cobra’, porém, em outros países, recomenda-se utilizar o termo ‘serpente’, para evitar  desentendimento.

                              Sumit, de 2 anos, já brinca sem medo com cobras.



                       Tanu, 9 anos, aprende a tradição da família de encantadores de serpentes


Na Índia, apesar de existir rígidas leis de proteção aos animais, que  proíbe que animais selvagens sejam utilizados comercialmente, em performances ou espetáculos, ou que sejam transformados em bichinhos de estimação, muitas pessoas não têm outra fonte de renda, senão encantar serpentes. Lá é normal ver crianças pequenas  brincando sem medo com as cobras. Elas são encorajadas pela família a manusear esses animais, mortais, e envolvê-los em torno do pescoço. Lá também animais são sagrados, por isso existem pessoas que adoram  as serpentes. Isto é terrível. Conta-se de uma mãe que viu entrar em sua casa uma enorme serpente que se enroscou no corpo de sua filhinha de apenas seis meses. Por crer que aquele fosse um animal sagrado, a mãe não ousou fazer coisa alguma, enquanto via a filhinha morrendo.

Dwight Lyman Moody, também conhecido como D.L. Moody, um famoso evangelista americano comentou  a respeito desse assunto:  “Meu espírito ficou horrorizado quando li semelhante notícia, mas, na realidade, não sei se não estamos iguais aos da Índia em algumas coisas. Há ‘serpentes’ que entram em muitos lares-cristãos, envolvendo os filhos, enquanto os pais parecem estar dormindo”.

Reconheço trata-se de um  assunto muito  polêmico,  mas  que merece reflexão.

Shalom!

Maria A. Paiva Corá


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