Por Maria A. Paiva Corá
Muitas pessoas demonstram uma atitude negativa para
com o Livro de Mórmon. Alguns dizem: “Só
leio a Bíblia”. Outros afirmam: “Se
ninguém consegue entender a Bíblia, por
que dar-se ao trabalho de ler mais um Livro?”. Há outros, ainda, que
declaram: “Nós não estudaremos o Livro de
Mórmon porque ele não é verdadeiro! ”.
Para os membros da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias o Livro de Mórmon é a Palavra de Deus. Élder
Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos declarou: “Nada em nossa história e em nossa mensagem é
mais penetrante do que a inflexível declaração de que o Livro de Mórmon é a
palavra de Deus. E aqui nós criamos um divisor de águas” (“Verdadeiro ou Falso”, A Liahona, junho de 1996, p. 48).
Segundo o Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) o
momento em que o Livro de Mórmon surgiu demonstra sua importância para a
Restauração do evangelho: “ (…) Um
vigoroso testemunho da importância do Livro de Mórmon é a ordem em que ele
aparece em meio aos eventos da Restauração. A única coisa que o precedeu foi a
Primeira Visão. Naquela assombrosa manifestação, o Profeta Joseph Smith
aprendeu qual é a verdadeira natureza de Deus e também ficou sabendo que o Pai
tinha um trabalho a ser executado por ele. O passo seguinte foi o surgimento do
Livro de Mórmon”.
Já Élder L. Tom Perry, do Quórum dos
Doze Apóstolos, explicou que o Livro de Mórmon foi escrito para nossos dias: “Os principais autores do Livro de Mórmon
sabiam plenamente que seus escritos se dirigiam principalmente às pessoas de
uma geração futura, e não às pessoas da própria geração deles. Morôni escreveu
para nossa geração: ‘Eu vos falo como se estivésseis presentes’ (Mórmon 8:35)” (Conference Report, outubro de 2005, p. 5; ou“Bênçãos Decorrentes da Leitura do Livro de Mórmon”, A Liahona, novembro de 2005, p. 6).
Na Bíblia Deus declara: “Lembrai-vos das coisas
passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há
outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e
desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho
permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde
o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu
também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei” (Is 46.9-11; cf.
Is 14.24,26-27).
Esses textos da Bíblia Sagrada revelam a existência
de um único Deus verdadeiro, o qual tem um propósito soberano para a história.
No passado, Deus determinou aquilo que aconteceria na Terra; além disso, Ele,
por intermédio dos profetas, declarou ao ser humano os acontecimentos futuros,
até mesmo o fim de nossa história. Então, no decorrer da história, Deus
soberanamente leva ao pleno cumprimento tudo aquilo que Ele planejou,
determinou e declarou através dos profetas. Ninguém pode entender o propósito
de Deus para a história da humanidade sem o estudo das Escrituras Sagradas.
O Livro de Mórmon também faz parte das Escrituras
Sagradas, é também o registro escrito do que Deus disse ao homem, por
intermédio de Seus profetas, acerca de muitos acontecimentos, inclusive do que
diz respeito ao futuro de seu povo. Deus permitiu que esse livro fosse encontrado
e traduzido, porque tem um objetivo e que não deve ser ignorado por nós.
Ele é uma excelente ferramenta de evangelização. Eu
sou testemunha da conversão de pessoas que chegaram ao pleno conhecimento da
salvação em Jesus Cristo através do Livro de Mórmon. Todo crente que se esquiva
do estudo e do ensino dessa parte das Escrituras Sagradas perde a oportunidade
de usar uma eficiente ferramenta de evangelização que o Senhor nos concedeu.
Aqueles que o consideram irrelevante e não o
estudam cairão em grande erro. O Livro de Mórmon é “Outro Testamento de Jesus Cristo”. Ele foi escrito por mandamento e também pelo
espírito de profecia e de revelação. Joseph Smith foi quem traduziu os originais das placas
de ouro com o propósito de convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a
todas as nações.
“E deu-lhe poder do alto, pelos meios que haviam antes sido
preparados, para traduzir o Livro de Mórmon; Que contém um registro de um povo
decaído e a plenitude do evangelho de Jesus Cristo aos gentios e
também aos judeus; O qual foi dado por inspiração e é confirmado a outros
pelo ministério de anjos, sendo por eles proclamado ao mundo — Provando
ao mundo que as santas escrituras são verdadeiras e que Deus inspira os
homens e chama-os para sua santa obra, nesta época e nesta geração,
assim como em gerações passadas; Mostrando assim que Ele é o mesmo Deus
ontem, hoje e para sempre”.
Élder Jeffrey R. Holland, do
Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu que O Livro de Mórmon “deveria ser
considerado o texto religioso mais notável e importante revelado desde que os
escritos do Novo Testamento foram compilados há quase dois mil anos. Na verdade,
em sua função de restaurar verdades bíblicas claras e preciosas que se haviam
perdido e, ao mesmo tempo, acrescentar dezenas de novas verdades sobre Jesus
Cristo e preparar o caminho para a total restauração de Seu evangelho e para o
dia triunfal de Seu retorno, o Livro de Mórmon pode ser considerado o texto
religioso mais notável e importante já trazido ao mundo” (Christ and the New Covenant, 1997, pp. 9–10).
Quando dizemos que Jesus é o Cristo, estamos
testificando que Ele é Aquele que foi ungido para salvar-nos. E ao sermos membros
da Igreja do Senhor, fazemos parte da casa de Israel. O Livro de Mórmon é crucial
no evangelho restaurado, pois com ele achegamo-nos mais ao Senhor quando o
estudamos em espírito de oração.
O desejo de agradar e glorificar a Deus deve ser
aquilo que nos motiva, proporcionando-nos o autêntico propósito e sentido da
vida – não o dinheiro, os bens materiais ou a fama. Uma vez que todas as
realidades terrenas são temporárias e estão destinadas à destruição, é preciso
que ajustemos nossos valores e prioridades àquelas do eterno.
Shalom!
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