Logo no início do mês de verão, a população do Rio de Janeiro
sofre, com enchentes e deslizamentos de terra provocados por chuvas
torrenciais, típicas dessa época do ano. Muitas vezes, em um único dia de verão
chega a chover mais do que em um mês inteiro de inverno. A chuva que teve
início na madrugada de quinta-feira (3) obrigou mais de 3 mil pessoas a
deixarem suas casas no estado, de acordo com a Defesa Civil do Estado. Os municípios mais afetados foram Duque de
Caxias e Angra dos Reis.
O cantor Zeca
Pagodinho ajudou vítimas da enchente que atingiu a região de Xérem, em Duque de
Caixias, no Rio de Janeiro. O músico, que vive no local há cerca de 20 anos,
disse que nunca viu a situação tão complicada. Em entrevista ao programa Globo
News, o artista se emocionou ao comentar o assunto e disse que percorreu desde
às 6h da manhã a localidade para prestar auxílio aos desabrigados. Segundo a
Defesa Civil, foi confirmada uma morte e mais de 400 desabrigados. Mas pelo que
presenciou, Zeca acredita que o número é muito maior. “Está muito triste. Lá em cima é muito ruim. Se você for lá, tem criança
desaparecida, tem família soterrada, tem casa que desceu rio abaixo",
confirmou o artista.
Em entrevista o prefeito de Caxias, que assumiu
no dia 1º , disse que foi um acidente que o lixo ajudou a piorar. Ele tem razão porque essas fortes chuvas causariam menos danos não
fosse o problema da impermeabilização dos solos nesses centros urbanos. Devido à grande quantidade de construções
(prédios, casas e, principalmente, ruas e avenidas asfaltadas) e à falta de
áreas verdes (parques, praças e quintais gramados), as águas das chuvas não
podem se infiltrar no solo. Elas correm, então, com grande velocidade e volume
para córregos e rios, fazendo seus cursos transbordarem. A água da chuva também
carrega com ela o lixo das ruas, que entope bueiros e canis, agravando o
problema. Além desses fatos, a falta de vegetação nas encostas dos morros, onde
se encontram vários bairros e favelas dessas metrópoles, tem provocado a erosão
e o deslizamento de terra quando ocorrem chuvas mais fortes.
A experiência da enchente serve para muitas
pessoas perceberem que muitas vezes, Deus permite que “enchentes” varram nossa
vida, levando tudo o que seja do nosso ego. Se formos sábios, não tentaremos salvar
nada, mas alegremente deixaremos que tudo seja carregado pela torrente do
Espírito Santo. Normalmente essas enchentes são situações de sofrimento,
privação pelas quais Deus nos permite
passar. De acordo com o entendimento religioso, Ele deveria intervir nessas
situações milagrosamente, acabando com nosso sofrimento; mas a maneira de Deus
agir é absolutamente diferente: Seu amor por nós se revela justamente no fato
de Ele nada fazer, de não remover o sofrimento, e, sim, de suprir com graça
enquanto somos provados. Enquanto Deus arranca de nós tudo o que Lhe é desagradável, Ele se dá mais e mais a nós, nos enche de Sua vida e nos transforma.
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
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