A arte é uma constante na história da humanidade.
Todas as culturas possuem arte, mas sua diversidade torna difícil sua definição.
Outra noção bastante complexa é a de artista. Enquanto para alguns o artista é todo
aquele que faz arte, para outros, artista é apenas aquele que elabora uma obra
de arte com consciência estética. Nessa segunda perspectiva, o artista
existiria apenas na Grécia clássica e no Ocidente a partir do Renascimento. Em
outras culturas e períodos, como no medievo europeu, por exemplo, o artista era
um artesão, e a obra de arte tinha status semelhante ao de qualquer objeto
produzido pelo trabalho manual humano.
Nesse sentido, e mais ainda naquelas sociedades
em que a arte tinha um fim religioso ou mágico, a maioria das obras era anônima,
pois pouco importava seu autor. Só no Renascimento, em que se retomou uma noção
grega clássica, o artista tornou-se um indivíduo que se definia como artista, e
não como artesão: era o artista-gênio, uma celebridade valorizada justamente
por produzir arte.
Kalina
Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva. Dicionário
de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005, p. 27-8 (com
adaptações)
Nota: Coloquei o título: As transformações do conceito de artista,
porque achei que seria adequado para o texto. [MPC]
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