Edward
Munch, Operários a caminho de casa,
1913. Óleo sobre tela.
O pintor Eward Munch nasceu na Noruega, em 1863. A miséria e os conflitos de seu tempo, assim como as tragédias de sua própria vida – Munch perdeu seus pais e dois irmãos muito cedo, viveu amores tortuosos, entregou-se ao alcoolismo -, refletem-se na maior parte de seus trabalhos, particularmente em obras como A criança doente (1886) e O grito (1898).
Munch viveu entre Paris e Berlim, onde sofreu a
influência de grandes artistas. Considerado um pintor impressionista, dava
forma a uma visão subjetiva da realidade.
Depois de 1910, Munch retornou à Noruega, onde viveu
e pintou até sua morte. Em suas últimas pinturas, revelou grande interesse pela
natureza, e seu trabalho tornou-se mais colorido e menos pessimista. Faleceu
tranquilamente em 1944, aos 81 anos, em sua propriedade rural em Ekely, que se
transformou no Museu Munch em 1968.
No quadro de Edward Munch, Operários a caminho de casa,
homens deixam uma fábrica após um dia provavelmente exaustivo de trabalho. O artista nos sugere por meio de suas fisionomias que há muitos
homens já mais velhos e com semblantes cansados. A maioria usa chapéus gastos e
roupas escuras que os tornam ainda mais tristes e taciturnos. Alguns têm barba
e bigode, e também os olhos fundos de fadiga.
Por meio do traje igual e de traços mal
definidos, Munch representa a falta de identidade dos operários de uma grande
fábrica, assim como o dia-a-dia maçante desses trabalhadores, que vendem seu
trabalho em troca de um salário geralmente baixo e à custa de muito sacrifício.
Se o pintor tivesse usado cores coloridas e
alegres nesse trabalho, o efeito seria totalmente diferente, pois as cores
remeteriam a uma situação de alegria, com maior dinamismo e vida, exatamente o oposto
do que o artista nos passa nessa obra.
Um forte abraço,
Maria Paiva Corá
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