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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Operários a caminho de casa




                                           Edward Munch,  Operários a caminho de casa, 1913. Óleo sobre tela.


O pintor Eward Munch nasceu na Noruega, em 1863. A miséria e os conflitos de seu tempo, assim como as tragédias de sua própria vida – Munch perdeu seus pais e dois irmãos muito cedo, viveu amores tortuosos, entregou-se ao alcoolismo -, refletem-se na maior parte de seus trabalhos, particularmente em obras como A criança doente (1886) e O grito (1898).

Munch viveu entre Paris e Berlim, onde sofreu a influência de grandes artistas. Considerado um pintor impressionista, dava forma a uma visão subjetiva da realidade.

Depois de 1910, Munch retornou à Noruega, onde viveu e pintou até sua morte. Em suas últimas pinturas, revelou grande interesse pela natureza, e seu trabalho tornou-se mais colorido e menos pessimista. Faleceu tranquilamente em 1944, aos 81 anos, em sua propriedade rural em Ekely, que se transformou no Museu Munch em 1968.

No quadro de Edward Munch, Operários a caminho de casa, homens deixam uma fábrica após um dia provavelmente exaustivo de trabalho.  O artista nos sugere  por meio de suas fisionomias que há muitos homens já mais velhos e com semblantes cansados. A maioria usa chapéus gastos e roupas escuras que os tornam ainda mais tristes e taciturnos. Alguns têm barba e bigode, e também os olhos fundos de fadiga.

Por meio do traje igual e de traços mal definidos, Munch representa a falta de identidade dos operários de uma grande fábrica, assim como o dia-a-dia maçante desses trabalhadores, que vendem seu trabalho em troca de um salário geralmente baixo e à custa de muito sacrifício.
Se o pintor tivesse usado cores coloridas e alegres nesse trabalho, o efeito seria totalmente diferente, pois as cores remeteriam a uma situação de alegria, com maior dinamismo e vida, exatamente o oposto do que o artista nos passa nessa obra.


Um forte abraço,


Maria Paiva Corá

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