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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pessoas de meia-idade, como categoria desempregada, estão totalmente deixadas de lado


Por Maria A. Paiva Corá


Vivemos em uma época em que a família não é levada em grande conta. Parece que, atualmente, a família não faz muita diferença. Existem alguns motivos para essa minha falta de entusiasmo. O legado de família é capaz de proporcionar um senso de estabilidade e tranqüilidade que transcende as flutuações da bolsa de valores, no entanto o que estamos vendo no Brasil é uma instabilidade econômica muito grande. Existem muitos pais de família desempregados e com sérias dificuldades financeiras. É preciso expandir e fazer crescer as oportunidades de empregos, não só para os jovens, mas também para os de meia idade.

É muito comum que, numa família, pai e mãe precisem trabalhar. Além de ser uma necessidade, traz também realização. Passamos metade do tempo em que estamos acordados exercendo uma profissão e como essa profissão é relevante para o nosso sustento e nossa auto-estima, que é o que temos de mais importante. E não existe nada pior para a auto-estima de um pai ou uma mãe de família do que a falta de recursos financeiros. A falta de dinheiro e o desemprego são devastadores porque gera o medo do futuro, a insegurança, ofensas a moral, críticas sobre a sua conduta, além de sarcasmos e a humilhação de não ter nada em casa para oferecer para os filhos.

Estamos vivendo  numa sociedade do conhecimento, onde as empresas estão mudando totalmente e vivendo numa guerra de valores, onde procuram por grandes talentos, gente brilhante e  inteligente. Falam-se muito em inteligência emocional, gente feliz, bem resolvida, etc... Mas quanto vale o cérebro de uma pessoa sofrida pela discriminação, humilhada pela dificuldade financeira e pela falta de oportunidades? Bem sabemos que o que mais afeta o cérebro é a emoção e a questão da sobrevivência é fatal.  A época agora é a da emoção. Trata-se do cérebro de uma grande caixa de emoções e que dela depende o sucesso e/ou fracasso.

Somos pais e queremos fazer a diferença, mas para fazer isso, teremos que ter as condições necessárias. Queremos uma boa escola para nossos filhos, que irá fazer o melhor para o desenvolvimento de suas habilidades. Além disso, queremos passar para eles uma visão otimista de nosso país, queremos poder planejar o futuro com eles, criando uma imagem de sucesso. Mas como fazer isso sem emprego e portas se fechando a todo o momento na nossa frente?

Acompanhando  entrevistas, reportagens e  debates com políticos podemos  observar como os tempos atuais são importantes para a história, mas lamentavelmente nem todos os envolvidos  são bonzinhos. Muitos  políticos fazem coisas erradas para levar vantagens na sua carreira política e enquanto candidatos prometem de tudo.  Com relação ao desemprego é um prato cheio para discussão, mas lamentavelmente não querem resolver  o problema.

Os senadores da República  deveriam propor mais projetos de lei de interesse da classe trabalhadora, além de revisar os projetos sugeridos pela Câmara Federal.  Estamos cientes da preocupação de alguns em criar novos empregos para  jovens, sobretudo  preocupação com  primeiro emprego e  formação profissional, mas quanto aos pais de família, aos quarentões que estão fora do mercado de trabalho e não conseguem emprego? Quanto aos cursos profissionalizantes que poderiam ajudá-los? Esses quarentões são pessoas dignas  que por alguma razão, encontram-se desempregados e fora do mercado de trabalho. São pessoas que foram demitidas de seus empregos depois de muito tempo de trabalho. Muitos não têm estudos e qualificação profissional adequada, além daquelas  pessoas que precisaram deixar o emprego por razões diversas.

No Brasil,  pessoas de meia-idade, como categoria desempregada, está totalmente deixadas de lado. É preciso algum projeto de apoio e assistência visando ajudar essas pessoas a se tornarem pessoas mais felizes e realizadas.  Delas também dependem o futuro do país, uma vez que muitas dessas pessoas são pais de famílias desempregados, que precisam sustentar crianças e adolescentes, estes mesmos que são objetos da grande preocupação dos ilustres deputados e senadores de nosso país.



Um comentário:

  1. bem atual esta materia que escreveste os nosos ilustres deputados e senadores nao estao nem ai e muito bom ler tuas materias . luis alberto borges cora

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