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sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
O Bicho
Ao ler o texto de Manuel Bandeira me senti tocada e acabei “ruminando” suas palavras por algum tempo. Bem sabemos que este não é um assunto agradável, mas trata-se de uma realidade.
Alguns encontros e/ou experiências são tão importantes, que fazem a vida mudar de rumo. Foi o que aconteceu com São Francisco de Assis.
Francisco Bernardone era um jovem rico; tinha tudo e não sabia o que queria. O encontro com os pobres, foi tão impactante em sua vida, que deixou tudo e foi servir aos necessitados. Hoje o mundo todo o admira e muitos se inspiram na sua vida para praticar caridade.
Quanto ao texto de Manuel Bandeira, podemos ver nas duas primeiras estrofes do poema “O bicho”, o andar na imundície e catar comida no lixo caracterizar atitudes mais comuns em “bichos” que em “homens”.
O poeta cria um “suspense” na terceira estrofe. Ele vai dizendo que o bicho não é antes de falar o que é. Com esse recurso ele desperta a curiosidade do leitor, que naturalmente vai eliminando as hipóteses que haviam lhe ocorrido.
Na última estrofe ele fala “O bicho, meu Deus, era um “homem”. O poeta refere-se à situação de miséria do homem. O poeta utiliza todos os elementos para revelar a situação degradante a que pode chegar um ser humano.
O texto nos remete ao mundo em que vivemos, onde a brutalidade impera cada vez mais e assistimos o ódio sobrepujar ao amor. Apesar de sermos todos originais e únicos podemos nos tornar parecidos com outras pessoas pela convivência e acabamos ficando insensíveis.
Pense que hoje, no mundo, por causa de conflitos armados, fugas em massa, destruição de lavouras, milhões de pessoas simplesmente mão têm o que comer. E as crianças são as maiores vítimas por ter menor resistência. O poema de Manuel Bandeira é uma espécie de depoimento sobre fatos que presenciamos no dia a dia.
O poeta demonstra não confiar que um dia a sociedade leve a sério o problema de justiça social e podemos afirmar, de acordo com o texto, que todos os artigos da Declaração Universal de Direitos Humanos estão sendo desrespeitados. Cada pessoa tem o direito de viver com dignidade. Seria importante que cada pessoa lutasse por seus direitos e pelo respeito às leis para conseguir ultrapassar a mediocridade.
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
A linha e o linho
É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
A palavra lida e a palavra cantada
Quando nos referimos à palavra lida, estamos falando de poesia. E, quando referimos à palavra cantada, queremos dizer música popular.
Grande parte da música popular brasileira tem qualidades literárias, temas complexos, linguagem bem cuidada e rimas ricas.
É o caso da canção “A linha e o linho” composta por Gilberto Gil. Ele usa o concreto a fim de sugerir o abstrato.
O cantor, ao comparar a linha e o linho com o amor, está mostrando que o relacionamento amoroso se faz no dia a dia, construído com muitos pontos, muitas texturas e cores.
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
Um legado duradouro
Stive Jobs disse que “estamos aqui para fazer alguma diferença no Universo; se não, por que estar aqui?”. Ele era mestre de informática e criou a empresa com a marca mais valiosa do mundo, ganhou fama e fortuna, tornou-se um dos homens mais poderosos e influentes. Agora teve que sair de cena por causa de um câncer no pâncreas. Triste saída! A morte dele causou grande comoção, mostrando como a vida é frágil .
Infelizmente, há pessoas que, no final de sua vida, vêem seus castelos construídos ruírem porque trabalharam sem parar, sem reservar tempo para si, a família, os amigos e Deus. Viveram isolados e em um ritmo bastante agitado. Essas pessoas podem até ser famosas e/ou grandes políticos, mas um dia cairão no mar do esquecimento porque deixaram de viver cada etapa de sua existência como deveriam, esquecendo-se de sua essência e da importância que cada pessoa tem para com as outras, em todos os setores da vida.
Nossos relacionamentos são o único investimento duradouro nesta vida, que não podem ser perdidos na bolsa de valores. Por isso conviver com os outros é tão importante. É uma espécie de “campo de teste” das nossas capacidades. “Só sabemos, por exemplo, se somos generosos, se houver alguém que esteja precisando de nossa ajuda; só sabemos se somos bons no futebol depois de fazer parte de um time.”
Péricles, um filósofo dos tempos antigos já dizia: “o que você deixa para trás não é o que é gravado em monumentos de pedra, mas o que é tecido na vida dos outros.”
Que investimento uma pessoa precisa fazer para deixar um legado duradouro? Creio que o melhor é contribuir para nosso legado todos os dias, para que tudo pelo que trabalhamos e defendemos seja de alguma forma eterno. A única maneira de criar uma herança duradoura e fazer alguma diferença no mundo é empregar nossos recursos mais valiosos nas áreas que oferecem mais retorno: as pessoas.
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Sonho Realizado
A nossa alegria não deve ser pelo que temos, mas em poder apreciar e desfrutar o que dispomos.
Ainda existe fé no mundo
A maldade, inveja, crueldade e desrespeito ao próximo tornaram-se fatos comuns e corriqueiros no quotidiano da vida. Cada vez mais enfrentamos conflitos, dilemas, frustrações, paixões, desentendimentos, remorsos, tristezas e ansiedades.
Devido à abundância de problemas, hoje, o evangelho vem se alastrando com uma velocidade impressionante. Mais pessoas estão procurando as igrejas e estão mais receptivas para as boas novas de Cristo do que em qualquer outra época da história.
Como diz C. S. Lewis: “Os homens vivem dentro do tempo, mas Deus os destinou para a eternidade. É essa a razão pela qual Ele deseja vê-los se aplicar às duas coisas ao mesmo tempo: à eternidade de um lado, e, de outro, a este ponto do tempo que é o momento presente, que é o instante em que o tempo toca a eternidade”.
Isto nos leva a refletir que mesmo com tudo o que existe no mundo, ainda pode dar graças porque a fé ainda existe. É por esse motivo que precisamos reconhecer as oportunidades que Deus coloca em nossos caminhos. Sabemos que Só Deus pode soprar vida no vale dos ossos secos. Somente Ele pode criar vida, mas precisamos reconhecer quando Ele está atuando e unir-nos a Ele.
Sabemos que as religiões têm um papel fundamental na sociedade, porque através de suas celebrações, cada um ajuda o outro a alimentar seu sentimento de fé. Está constatado que quem participa de celebrações, cultos, orações de seu grupo religioso fica mais firme naquilo que crê. O encontro entre as pessoas que vivem a mesma fé reforça o sentimento de cada uma. Por isso é tão importante a transmissão do Evangelho. Mas não podemos esquecer que a “fé e ação andam juntas como o violino e o arco... Se falta uma parte, a outra é inútil.”
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Valente eu sou
Eu tenho um sonho
Ambicioso e avassalador
Embora eu viva ferida
Num plano inferior.
Para viver me arrastando
Deus não me criou
Eu tenho o Seu poder
E sabedoria sem igual
Sou o que Deus diz quem sou.
Sou princesa, sou valente
E como águia posso voar
Vou buscando a conquista
E perseguindo meus sonhos eu vou
Sei que posso realizar.
Valente, valente eu sou
Chamada à vitória
Prossigo para o alvo
Buscar meu galardão eu vou.
Maria A. Paiva Corá
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
A Chuva
A chuva cai lá fora, ela se antecipou.
Da janela, veja-a derramando exageradamente
E como lágrimas molham o rosto da tarde.
O céu cintilava, o sol sorria,
Mas lá veio a chuva
Para acabar com toda essa folia.
Oh! Se essa chuva pudesse lavar
O mundo de toda perdição
De toda maldade, angústia e dor
E limpá-lo de tanto egoísmo dos humanos
E do chão fazer brotar a justiça
Acalmaria o meu coração.
Maria A. Paiva Corá
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
LEMBRANÇAS
Ele era grande para a sua idade
Rechonchudo, animado e vivo de ver.
Seus olhos escuros irradiavam bondade
E caminhava sem medo de viver.
Seu sorriso era cativante e afável
Com sugestão de travessura,
E a expressão de seus olhos adorável
E uma grande doçura.
Quando foi para a escola então,
Mostrava rapidez e progresso em tudo.
Não por vaidade nem ostentação,
Queria o conhecimento do estudo.
Ele possuía mente devoradora:
Nada escapava, tudo recebia.
Sua inteligência assimiladora
Parecia que nada esquecia.
Era fora do comum a sua inteligência
Eu tentava seus limites alcançar.
Dava-lhe lições intrincadas na essência
Mas estava a um passo a frente a andar.
Pela altura dos seus cinco anos
Compreendeu que nasceu para servir.
Brilhou no palco dos humanos
Porque deixou da vida a beleza fluir.
Eu não me cansava de olhar
A firmeza daquele menino
Que diante de mim estava a andar
Como melodia de um doce hino.
Ele tinha voz firme e simpatia
E como príncipe de nascimento
Falava com autoridade e sabedoria
Tinha pressa, corria contra o tempo.
Maria A.Paiva Corá
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