Ao ler o texto de Manuel Bandeira me senti tocada e acabei “ruminando” suas palavras por algum tempo. Bem sabemos que este não é um assunto agradável, mas trata-se de uma realidade.
Alguns encontros e/ou experiências são tão importantes, que fazem a vida mudar de rumo. Foi o que aconteceu com São Francisco de Assis.
Francisco Bernardone era um jovem rico; tinha tudo e não sabia o que queria. O encontro com os pobres, foi tão impactante em sua vida, que deixou tudo e foi servir aos necessitados. Hoje o mundo todo o admira e muitos se inspiram na sua vida para praticar caridade.
Quanto ao texto de Manuel Bandeira, podemos ver nas duas primeiras estrofes do poema “O bicho”, o andar na imundície e catar comida no lixo caracterizar atitudes mais comuns em “bichos” que em “homens”.
O poeta cria um “suspense” na terceira estrofe. Ele vai dizendo que o bicho não é antes de falar o que é. Com esse recurso ele desperta a curiosidade do leitor, que naturalmente vai eliminando as hipóteses que haviam lhe ocorrido.
Na última estrofe ele fala “O bicho, meu Deus, era um “homem”. O poeta refere-se à situação de miséria do homem. O poeta utiliza todos os elementos para revelar a situação degradante a que pode chegar um ser humano.
O texto nos remete ao mundo em que vivemos, onde a brutalidade impera cada vez mais e assistimos o ódio sobrepujar ao amor. Apesar de sermos todos originais e únicos podemos nos tornar parecidos com outras pessoas pela convivência e acabamos ficando insensíveis.
Pense que hoje, no mundo, por causa de conflitos armados, fugas em massa, destruição de lavouras, milhões de pessoas simplesmente mão têm o que comer. E as crianças são as maiores vítimas por ter menor resistência. O poema de Manuel Bandeira é uma espécie de depoimento sobre fatos que presenciamos no dia a dia.
O poeta demonstra não confiar que um dia a sociedade leve a sério o problema de justiça social e podemos afirmar, de acordo com o texto, que todos os artigos da Declaração Universal de Direitos Humanos estão sendo desrespeitados. Cada pessoa tem o direito de viver com dignidade. Seria importante que cada pessoa lutasse por seus direitos e pelo respeito às leis para conseguir ultrapassar a mediocridade.
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
Nenhum comentário:
Postar um comentário