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segunda-feira, 5 de março de 2012

Mal-do-século - ROMANTISMO


Nos rochedos de calcáreos de Rügen , de K. D.  Friedrich. O quadro resume o                               sentimento de insaciedade pelo infinito que caracterizou o movimento romântico.




Trata-se de uma das características da literatura romântica decorrente  de uma visão de mundo centrada no indivíduo, movimento artístico que   surgiu na Alemanha, por volta de 1800 que conquistou a Inglaterra, a França e, posteriormente, todas as literaturas européias e americanas.  Com uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo,  buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

O romântico acredita que o espírito humano busca sempre a perfeição, a totalidade, o absoluto, o infinito. No entanto, o homem é incapaz de atingir esse estado, por ser uma criatura imperfeita. A constatação dessa impossibilidade produz insatisfação, angústia e até uma obsessiva atração pela morte, encarada como saída definitiva para resolver tal insaciedade.

Ansiando por uma plenitude impossível, o  romântico sente-se desajustado no mundo. Ele vê o homem de sua época como um ser fragmentado, reduzido a uma simples peça da engrenagem social. Dessa  análise da realidade resulta uma sensação de perda da individualidade.

Tal desajustamento conduz ao chamado mal-do-século, definido como a aflição, a angústia, a dor decorrente da falta de sintonia com a sua época.

Desse desajuste resultam:

- pessimismo;

- gosto pela melancolia e pelo sofrimento;

- busca da solidão.

Procurando saídas para esse desequilíbrio, o romântico desenvolve mecanismos de evasão da realidade.


Maria A. Paiva Corá



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