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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Honrar pai e mãe
Em
Provérbios 1:8 e 4:13 lemos “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e
não despreze o ensino de sua mãe. (...) Apegue-se
à instrução, não a abandone; guarde-a bem, pois dela depende a sua vida.” Como podemos ver esse conselho
recebe destaque especial e honrar os pais é um dos mandamentos determinados por
Deus e é o único com promessa: "Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa
na terra que o Senhor teu Deus te dá” (Êxodo 20:12). "Honra teu pai e tua
mãe", este é o primeiro mandamento com promessa: "para que tudo te
corra bem e tenhas longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3).
A verdade do evangelho é que quando honramos nossos pais estamos, na verdade, respeitando e honrando a
Deus, que é a origem de todos nós. Portanto, honrar pai e mãe é honrar o
próprio Deus.
As palavras de nossos pais são importantes por
causa da experiência de vida que possuem, por isso devemos atentar a elas. Os
filhos que amam a seus pais e desejam a verdadeira sabedoria retêm a instrução
e não a largam antes a guardam, pois sabem que ela dá vida. Por outro lado, os
pais que amam de fato a seus filhos instruem-nos e os ensinam. A pessoa que
aceita a instrução e o ensino torna-se cada vez mais justa diante de Deus.
Shalom!
Maria A. Paiva
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Regeneração
A grande verdade do evangelho é que ele pode
transformar vidas. Pessoas dizem: “Eu não
posso mudar. Nasci assim e vou morrer assim.” Mas a grande maravilha é que Deus pode mudar uma pessoa a qualquer hora. Podemos ser diferentes da
maneira que somos a qualquer momento. Veja essa afirmação em 1 Pedro 1: 22-23: “Purificando
as vossas almas pelo Espírito (...). Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece
para sempre.”
Não é tremendo? A Bíblia fala: sendo de novo
gerados pela semente incorruptível.
Vemos termos como: “sendo de novo gerado”, "renascido” e “nascer de novo”, o que é um tanto
engraçado e muitas pessoas “religiosas” não
fazem ideia do que significam. Gosto
muito da palavra “restaurado”, que
quer dizer que a pessoa foi restaurada à
condição original. Quando olhamos no espelho, podemos ver o mesmo rosto, mas
por dentro sabemos que somos diferentes. Algo mudou. Aconteceu uma regeneração,
uma restauração... Agora não somos mais a mesma pessoa que costumávamos ser.
Por isso ficamos impressionados quando ouvimos testemunhos de pessoas
conhecidas que mudaram. Lembramos como elas eram e sabemos como são agora –
e elas são totalmente diferentes!
No começo de minha caminhada cristã, eu
costumava ouvir muitos testemunhos. Eu sempre ficava impactada. Eram pessoas
que faziam parte de gangues, que não se importavam com ninguém, mas que um
dia foram salvas delas mesmas, do
egoísmo e da avareza. Olhando para elas
agora não conseguimos imaginá-las más. Mas a grande verdade é que foram
restauradas. Em 2 Coríntios 5:17
Paulo disse: “é nova criação. As coisas
antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” E em Ezequiel 36:26 é Deus quem
diz: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês;
tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.”
Deus transforma totalmente alguns de nós, mas
tudo que falamos é: “É, eu sou diferente
agora”. Sim, somos diferentes agora!
Mas a obra é de Deus. A Bíblia na Nova Versão Internacional diz assim: “Lembre a todos que se sujeitem aos
governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer
tudo o que é bom, não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem
sempre verdadeira mansidão para com todos os homens.” (Tito 3:1-2).
Você pode estar pensando que é fácil falar, entretanto é este o modo que
devemos viver nossas vidas. E continua no 3º versículo: “Houve tempo em que nós também
éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda
espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo
detestáveis e odiando-nos uns aos outros.” (Tito 3:3).
Isso se parece muito com a nossa sociedade de hoje, não parece? Quando
lemos isso, podemos sentir como se
estivesse dizendo: “Não há esperança”.
Mas lembre-se, Paulo estava escrevendo
para Tito nessa epístola, e ele disse, “Nós também éramos assim”. Então,
existe uma maneira para mudar, mas não
podemos alcançar através de reforma moral. Só é possível pela misericórdia de Deus. Vamos ler os
versículos 4 e 5 de Tito 3: “Mas
quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso
Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua
misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito
Santo.” Como podemos perceber “regeneração” não é por obras de justiça praticada por nós,
mas segundo a misericórdia de Deus.
Shalom!
Maria A. Paiva
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Vaidade, canseira, enfado...
É terrível o
estado de ânimo em que se encontra a maioria das pessoas,
principalmente os jovens. São sentimentos
de tédio, enfado, apatia e indiferença. Uma mulher disse certa vez: “São Paulo pode ser um tédio, mas já morei no
mato nove anos e achava um tédio. Não aguento marasmo. Um dia larguei tudo e
decidi ir morar na França. Estava entediada com a minha vida. Voltei nove meses
depois, entediada.” Por esse testemunho
podemos perceber que o tédio não
é exclusivamente deste ou daquele lugar, mas parece ser uma “bagagem” que a própria pessoa carrega
para onde vai.
O número de pessoas deprimidas vem aumentando sensivelmente nos últimos anos e o suicídio já aparece como a terceira
maior causa de morte entre jovens nos Estados Unidos. Pesquisas
realizadas por órgãos da ONU, em diversos países (desenvolvidos e em
desenvolvimento) constatam que o tédio não é “privilégio” de pessoas jovens. Esse sentimento ocorre com
grande frequência entre adolescentes e na terceira idade. Mas qual será então a razão de tanto desânimo?
Essa doença já foi diagnosticada há muito e muito tempo atrás . Certo homem, em sua velhice, já havia experimentado tudo que o mundo
de sua época podia oferecer. Ele era rei e também o homem mais rico e
poderoso. Seu reino estendia-se por
várias nações que lhe pagavam muitos impostos. Ele “era o mais rico e o mais sábio de
todos os reis da terra” (1 Reis 10:23). Nada do que havia na terra lhe era inacessível; pois com
seu dinheiro e com sua autoridade ele tinha tudo o que desejava. Para se ter
uma ideia de suas riquezas, “O peso do ouro que (...) recebia anualmente
era de vinte e três toneladas e trezentos quilos, fora os impostos pagos por mercadores e
comerciantes e por todos os reis da Arábia e pelos governadores do país”
(1 Reis 10:14-15). “Mandou fazer ainda um grande trono de marfim
revestido de ouro puro” (1 Reis 10:18). “Tinha no mar uma frota de navios mercantes junto com os
navios de Hirão. Cada três anos a frota voltava, trazendo ouro, prata, marfim,
macacos e pavões” (1 Reis 10:22). “Casou com setecentas princesas e trezentas
concubinas” (1
Reis 11:3). Você já deve ter percebido que estamos falando de
Salomão.
Além de rico e
generoso, o rei Salomão recebeu sabedoria da parte de Deus. “Ele
era mais sábio do que qualquer outro homem” (1 Reis 4:31). Foi ele quem
escreveu três mil provérbios, compôs mil e cinco cânticos e foi tremendamente
usado por Deus, sob a inspiração do
Espírito Santo, para escrever três dos livros da Bíblia (Provérbios, Cantares e
Eclesiastes), além de dois salmos. Em Eclesiastes,
Salomão analisa a vida humana e ao
considerar sua vida, suas realizações e riquezas acumuladas, ele percebeu que tudo é “ Vaidade de vaidades”. Ele
diz: “Vaidade
de vaidades! Tudo é vaidade. Todas as coisas trazem canseira. Tudo (...) era correr atrás do vento” (Eclesiastes 1:2,8; 2:17). O livro é cheio de expressões como: vaidade, canseira, enfado...
Parece que, já em sua época, Salomão entendia o tédio da nossa geração.
Mas qual é mesmo a
razão do tédio? Por que os prazeres da carne, riquezas materiais, realizações
pessoais e conhecimento não trazem satisfação plena? Veja estes versículos interessantes em Eclesiastes 3:10 e11: “Tenho visto o fardo que Deus impôs aos
homens. Ele (...) pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”. Por isso o ser humano necessita tanto experimentar
um viver que possa produzir frutos para a eternidade (João 4: 36 ). Uma forte evidência disso foi o que aconteceu com um certo
homem descrito na Bíblia. Ele “correu em direção a Jesus, pôs-se de joelhos diante dEle e lhe
perguntou: Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna? " (Marcos 10:17).
Como podemos
ver temos uma grande necessidade de construir algo para a vida eterna. E até mesmo nos nossos sofrimentos experimentamos essa realidade. O apóstolo
Paulo disse em 2 Coríntios 4:17: “pois
os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória
eterna”.
Shalom!
Maria A. Paiva
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Depois da Escuridão, Luz – João Calvino e a Pregação da Palavra
João Calvino
(1509-1564)
Neste vídeo, John Piper fala sobre o impacto da Palavra de
Deus na conversão e na pregação de João Calvino e como esse reformador
influenciou sua vida.
João Calvino exerceu seu ministério tendo
forjado sua teologia em uma cidade cheia de sofrimento, severidade, brutalidade
e imoralidade. Ele fez isso expondo diariamente a Palavra de Deus e a luz saiu
da escuridão e deu esperança para um povo sofrido. É desta forma que tem
acontecido desde então com as doutrinas da Reforma circulando e triunfando
sobre a escuridão em todo o mundo pela pregação expositiva da Palavra de Deus.
A palavra de Deus e o precioso evangelho da
graça estiveram tão aprisionados dentro do latim e do clero, que quando eles
começaram a se libertar, moldaram toda a perspectiva de Calvino sobre a vida, o
ministério e sobre tudo. E, por isso, ele criou esse lema: “Post Tenebras Lux” – “Depois da Escuridão, Luz”.
Por John Piper © 2012 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org. Original: After Darkness… Light (Portuguese Subtitles)
As Quatro Regras de Oração de João Calvino
Para Calvino, a oração não podia ser realizada sem disciplina. Ele
escreveu: “Se não fixarmos certas horas
do dia para a oração, ela escapará facilmente de nossa memória”. Ele
prescreveu várias regras para orientar os crentes a oferecerem oração fervorosa
e eficaz.
1. A primeira é um senso sincero de reverência.
Na oração, precisamos estar “dispostos
de coração e mente como convém àqueles que entram em conversa com Deus”.
Nossas orações devem brotar do “fundo de
nosso coração”. Calvino recomendava uma mente e um coração disciplinados,
afirmando: “As únicas pessoas que se
preparam devida e apropriadamente para orar são aquelas que são movidas de tal
maneira pela majestade que, livres dos cuidados e afeições terrenos, se
aproximam da oração”.
2. A segunda regra
é um senso sincero de necessidade e
arrependimento.
Temos de “orar com um senso
sincero de carência e arrependimento”, mantendo “a disposição de um pedinte”. Calvino não estava dizendo que os
crentes devem orar em favor de cada capricho que surge em seu coração, e sim
que devem orar penitentemente, de acordo com a vontade de Deus, tendo em foco
sua glória e anelando resposta, “com
afeição sincera, e, ao mesmo tempo, desejando obtê-la de Deus”.
3. A terceira regra
é um senso sincero de humildade e confiança
em Deus.
A verdadeira oração exige que “abandonemos
toda confiança em nós mesmos e supliquemos humildemente o perdão”,
confiando somente na misericórdia de Deus para recebermos bênçãos espirituais e
temporais, lembrando sempre que a menor gota de fé é mais poderosa do que a
incredulidade. Qualquer outra maneira de nos aproximarmos de Deus promoverá o
orgulho, que será letal. “Se
reivindicarmos algo para nós mesmos, por mínimo que seja”, estaremos em
perigo de destruir a nós mesmos na presença de Deus.
4. A regra final é
ter um senso sincero de esperança confiante.
A confiança de que nossas orações serão respondidas não surge de nós
mesmos, mas do Espírito Santo agindo em nós. Na vida dos crentes, a fé e a
esperança vencem o temor, para que sejamos capazes de pedir “com fé, em nada duvidando” (Tg 1.6).
Isso significa que a verdadeira oração é confiante na resposta, por causa de
Cristo e do pacto, “pois o sangue de
nosso Senhor Jesus Cristo sela o pacto que Deus estabeleceu conosco”.
Assim, os crentes se aproximam de Deus com ousadia e entusiasmo porque essa “confiança é necessária à verdadeira
invocação… que se torna a chave que nos abre a porta do reino dos céus”.
Opressivas? Inatingíveis?
Essas regras talvez pareçam opressivas — até inatingíveis — em face de
um Deus santo e onisciente. Calvino reconheceu que nossas orações estão
repletas de fraqueza e imperfeição. Ele escreveu: “Ninguém jamais cumpriu esse dever com a retidão que lhe era devida”. Mas
Deus tolera “até o nosso gaguejo e perdoa
a nossa ignorância”, permitindo que ganhemos familiaridade com Ele, em
oração, embora esta seja pronunciada de “forma
balbuciante”. Em resumo, nunca nos sentiremos como pedintes dignos. Nossa inconsistente
vida de oração é frequentemente atacada por dúvidas, mas essas lutas mostram
nossa necessidade contínua da oração como uma “elevação do espírito” e nos impele sempre a Jesus Cristo, que “transformará o trono da glória terrível em
trono da graça”. Calvino concluiu que “Cristo
é o único caminho e o único acesso pelo qual temos permissão de ir a Deus”.
Este trecho é uma adaptação da
contribuição de Joel Beeke no livro João Calvino: Amor à Devoção,
Doutrina e Glória de Deus
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
A Edificação
Briey, France 1963
Meu
pai tem muitas habilidades, mas uma em especial é que ele é genial em construções. Ele sempre
dominou essa arte como ninguém. Ele tinha cadernos com várias plantas de
casas desenhadas neles, fazendo despertar em mim a vontade de ser arquiteta,
tanto que na adolescência cheguei a prestar vestibular para arquitetura, mas infelizmente
acabei desistindo e me formei em Letras, me especializando mesmo em construções
de ideias. Eu
gostava de vê-lo trabalhar. Ficar com ele me deixava feliz! Enquanto ele
trabalhava eu fazia perguntas,
as quais ele respondia com carinho e
atenção. Aprendi muitas lições com ele. Ao olhar para trás e refletir sobre essas
lembranças maravilhosas, percebo que muito
me beneficiei, pois com aquelas experiências aprendi a conhecê-lo e amá-lo.
Em um edifício em construção pode-se ver os últimos andares
já pintados por fora, enquanto o térreo ainda está sendo terminado. Enquanto
alguns operários concluem a colocação de pedras de revestimento nos andares
mais superiores, outros operários ainda estão fazendo buracos no chão para
colocação de tubulações. Ou seja, se olharmos para determinada parte do
edifício, ele está pronto; se olharmos, para outra, ainda está bem longe de ser
terminado. Assim é com muitas pessoas. Se olharmos para algumas, temos a
impressão de que já atingiram a
maturidade e isso dá-nos a ideia de que a edificação já está concluída. Por
outro lado, ao olharmos mais de perto, veremos que ainda falta muito para Deus edificar
ali.
Deus anuncia a volta de Jesus, e este evento passou a ser o
anseio do coração de muitos cristãos. Esta esperança é que anima o coração
deles a prosseguir. Os apóstolos e os cristãos primitivos consideravam a volta
de Jesus como a "bendita esperança",
como vemos em Tito 2:13: "Aguardando a bendita esperança e a
manifestação da glória do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus".
Mas para que o Senhor possa voltar Ele precisa que todo o Seu edifício [ Sua
casa, a igreja] esteja concluído. Não podemos contentar-nos de que alguns
estejam prontos, enquanto a maioria ainda está aquém do padrão de Deus.
Precisamos nos empenhar em edificar e em sermos edificados “seguindo
a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo
o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se
a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (Efésios
4:15-16).
Shalom!
Maria A. Paiva
Corá
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
O Profeta Jeremias
Crianças são sempre autênticas. Se elas gostam
de alguma coisa ou de alguém, por exemplo, diz logo sem hesitar. Quanto aos
adolescentes, têm uma tendência de
esconder seus sentimentos a fim de que os outros não pensem que são fracos,
pois não querem se expor demais. Já os adultos, fazem o possível para causar boa impressão nas pessoas, mesmo que isso
signifique usar máscaras. Mas por que será que determinadas pessoas se preocupam
tanto em “vender” uma boa imagem para os outros?
Na Bíblia encontramos um personagem muito
interessante. Trata-se do profeta Jeremias. Ele destaca-se por ser alguém
autêntico. Não que os outros profetas da Bíblia não fossem, mas o Profeta
Jeremias deixava sempre transparecer com
maior nitidez suas emoções e sentimentos. Ele até foi denominado de “o
profeta chorão” . Ele teve muitos
conflitos pessoais. Porém não teve receio de se mostrar como realmente sentia. Em seus livros podemos vê-lo triste, chateado,
derramando lágrimas, ou feliz e disposto. Mesmo sendo adulto, costumava demonstrar seus sentimentos. Jeremias sofreu física e emocionalmente,
talvez até mais do que os outros profetas. Ele chegou a passar uma noite no cepo e vários períodos em cisternas
e em diversas prisões. Seu próprio povo planejou um complô contra ele, alem de
ter sido incompreendido por sacerdotes, profetas e pessoas comuns de seus dias.
Apesar de tudo isso, Jeremias teve uma vida
exemplar. Ele desempenhou seu papel de
profeta com excelência, pois desde pequeno foi educado e consagrado para ser um
sacerdote. Ele foi escolhido por Deus ainda muito novo para ser um profeta e
teve medo. Era uma grande
responsabilidade falar às pessoas as mensagens de Deus. Ele disse ao Senhor: "Ah, Soberano Senhor! Eu não
sei falar, pois ainda sou muito jovem" (Jeremias 1:6). Mas Deus lhe respondeu
com palavras de ânimo e desafio: “Ponho em sua boca as minhas palavras. (...) Pronunciarei a minha sentença
contra o meu povo por todas as suas maldades; porque me abandonaram, queimaram
incenso a outros deuses, e adoraram deuses que as suas mãos fizeram. (...) E hoje eu faço de você uma
cidade fortificada, uma coluna de ferro e um muro de bronze, contra toda a
terra: contra os reis de Judá, seus oficiais, seus sacerdotes e o povo da
terra. Eles lutarão contra você, mas não o vencerão, pois eu estou com você e o
protegerei” (Jeremias 1:9, 16, 18 e 19).
Que
grande desafio, não é mesmo? Falar das desgraças que deveria cair sobre os
israelitas como castigo pelos seus pecados. Mas Jeremias não precisava ficar
com medo, pois Deus lhe estava garantindo o sucesso em sua tarefa. A vitória já
estava garantida. Ele só precisava confiar na soberania do Senhor. Então, ele foi persistente e soube como resistir, mesmo
sabendo que quase ninguém gostava de ouvir suas mensagens, e por isso acabava
sendo odiado pela maioria e recebendo
muitas ameaças.
É
muito fácil desistir de uma coisa que começamos. Eu mesma faço isso com muita
freqüência. Já desisti de um curso que queria muito fazer, de um emprego muito
bom e já desisti até de pessoas. Como
necessito da misericórdia de Deus para
continuar minha jornada que acredito ser
longa. Jeremias, ao contrário, preferiu resistir. Não se desesperou,
pois tinha certeza de que Deus estaria
com ele até o fim para protegê-lo, pois Ele mesmo havia dito: “Não
tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo"
(Jeremias 1:8).
Se
você está desanimado com alguma coisa, eu quero encorajá-lo (a) a não desistir.
Persista na busca de seus objetivos. Lembre-se das atitudes de Jeremias. Elas,
entretanto, devem ser um estímulo para nós, que cremos em Deus e em Sua
Palavra. Que possamos andar com maior
determinação em Seu caminho.
Shalom!
Maria A. Paiva
Corá
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
A mão transformadora de Deus
Quando na nossa vida as coisas não vão bem,
muitas vezes não conseguimos ver a mão do
Senhor por trás da situação difícil. Às vezes é
Deus que está operando e realizando uma obra em nossa vida, mas nem
sempre reconhecemos o sofrimento como
sendo algo divino. Isso indica que estamos carentes de luz e acabamos
vendo apenas homens opondo-se a nós nas situações adversas. Pensamos que
tudo é ruim e que as circunstâncias
levantadas são para nossa vergonha. Assim, planejamos uma maneira de livrar-nos
da mão transformadora de Deus.
Diante dos problemas, nós, frequentemente, procuramos
uma escapatória, mas acabamos em trevas e desespero. Que Deus nos dê sabedoria
e discernimento no espírito para vermos
o que vem de Sua mão, a fim de que possamos prostrar-nos diante Dele de dizer-Lhe:
“És Tu, Senhor? Uma vez que és Tu, eu
aceitarei”. É importante sabermos que não é a mão de nossa
família, nem a de nossos irmãos em Cristo, mas a de Deus. Por isso devemos
aprender a nos dobrar, aceitar a mão que lida conosco. O apóstolo Paulo
aprendeu essa lição. Ele sabia que, para Deus, o mais importante era a
suficiência de Sua graça do que a remoção do “espinho na carne”. Percebeu que a ação daquele “espinho” na vida dele era o que o
impedia de orgulhar-se pela grandeza das revelações espirituais que havia
recebido (2 Coríntios 12:7-10).
Na história da vida da igreja, muitas pessoas
foram usadas por Deus e as que mais sobressaíram foram aquelas que, por meio dos sofrimentos,
tiveram seu ego subjugado. Muitos homens e mulheres se submeteram
constantemente a Deus e ao Seu arranjo, cresceram em vida e foram totalmente transformados.
Se conseguirmos enxergar mais ação do Senhor em nosso viver, vamos poder render
mais graças a Ele, e também seremos transformados. Que possamos ter a mesma
percepção do apóstolo Paulo quando disse: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para
o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito
(...) Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos,
interiormente estamos sendo renovados dia após dia.” ( Romanos 8:28; 2 Coríntios 4:16)
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
Quando o corpo cura, cura tudo
"You
can't keep one disease and heal two others - when the body heals, it heals
everything." Charlotte
Gerson
Charlotte
Gerson diz algo muito interessante: “Você não pode manter uma doença e curar
outras - quando o corpo cura, cura
tudo".
O grande problema sobre isso atualmente é que são muitas sub-especializações na área de medicina.
Muito profissionais de saúde se viram
em habilidades para a cura de uma parte específica do corpo e acabam não curando literalmente nada. O câncer, a depressão,
diabetes e outras doenças crônicas sobreviventes que ouvimos falar todos os dias são a prova viva disso.
E fica a grande pergunta que não quer
calar: “Sub-especializações na medicina,
até onde é bom que cada médico só saiba de uma coisa específica, sem saber
olhar pro corpo todo como um sistema e correndo o risco de tratando a sua parte,
estar prejudicando uma outra?”
Shalom!
Maria A. Paiva Corá
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