Monty Roberts, com o seu aguçado senso é um pioneiro na comunicação com cavalos. Ele batizou essa linguagem de “Equus”. Ouvindo-os, ele os iniciou para corridas e rodeios sem chicotes, sem esporas e, o que é fundamental, sem violência alguma. E faz como ninguém, um trabalho fantástico com o equinos. Segundo ele só existem duas maneiras de domesticar os cavalos, a fim de torná-los úteis como montarias.
O primeiro método é baseado na violência. O cavalo é submetido a várias sessões onde suas reações naturais são reprimidas pelo uso do chicote. Esse processo não é confiável. Mesmo que o cavalo possa ser montado, qualquer oportunidade que surgir, ele tentará escapar ou mesmo derrubar seu cavaleiro.
O segundo método é muito trabalhoso, detalhado, progressivo e demorado, mas é muito mais eficaz. Monty Roberts, o idealizado da Doma Racional, o grande encantador de Cavalos como é chamado, inventou ferramentas de trabalho para reduzir o stress da lida: um freio salivador, rédea acolchoada, sela de alta tecnologia para reduzir o impacto no lombo. Sempre baseado no princípio de que a violência não é a resposta. Ele criou também uma escola. Gente do mundo inteiro vai para lá ver como ele inicia, prepara e educa os animais. Mais do que um simples método é uma filosofia da não violência, enfatizando a perseverança, a paciência, o respeito pelos animais, humildade e simpatia. Seu rendimento é de quase cem por cento de aproveitamento. Ele é baseado no carinho e atenção do domador em relação ao cavalo. Um vínculo de confiança e amor é desenvolvido entre cavaleiro e montaria até que, finalmente, o cavalo torna-se plenamente útil.
O processo de transformação do ser humano também é muito difícil e demorado. Graças a Deus, o método por Ele usado para nos aperfeiçoar está baseado em Seu amor e misericórdia. Assim como Salomão comparou sua amada às éguas dos carros de Faraó, conforme lemos em Cânticos 1:9: “A uma égua dos carros de Faraó eu te comparo, ó amada minha”, podemos também ser comparados pelo Senhor como uma daquelas éguas, porém assim como Salomão, Seu tratamento para conosco é: “ó querida minha” (Ct. 1:9).
As éguas de Faraó eram tão conhecidas no mundo antigo e tão bem tratadas que se tornaram símbolos do que de melhor havia naquela época. Elas eram dotadas de beleza, força, coragem, rapidez, teimosia, firmeza e eram preparadas para a guerra. Elas entravam nas lutas com muita intrepidez e coragem. Mesmo feridas não desistiam de lutar, não paravam diante de obstáculos e avançava contra os inimigos impetuosamente. Então se trata de um grande elogio e não precisamos nos sentir ofendidos com isso, porque sabemos que o tratamento de Deus para conosco é de muita gentileza e amor. Esse método é o mais eficaz, e é a garantia de que mais cedo ou mais tarde seremos totalmente úteis ao Senhor!
Shalom!
Maria Paiva Corá
Para chamar minha amada de égua, vou ter de explicar primeiro. Vou tentar...
ResponderExcluirMuito interessante.
Pedro Paiva / Brasília