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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Método que funciona



Monty Roberts,  com o seu aguçado senso é  um pioneiro na comunicação com cavalos. Ele batizou essa linguagem de “Equus”. Ouvindo-os, ele os iniciou para  corridas e rodeios sem chicotes, sem  esporas e, o que é fundamental, sem violência alguma. E faz como ninguém, um trabalho fantástico com o equinos. Segundo ele só existem duas maneiras de domesticar os cavalos, a fim de torná-los úteis como montarias.

O primeiro método é baseado na violência. O cavalo é submetido a várias sessões onde suas reações naturais são reprimidas pelo uso do chicote. Esse processo não é confiável. Mesmo que o cavalo possa ser montado, qualquer oportunidade que surgir, ele tentará escapar ou mesmo derrubar seu cavaleiro.

O segundo método é muito trabalhoso, detalhado, progressivo e demorado, mas é muito mais eficaz. Monty Roberts, o idealizado da Doma Racional, o grande encantador de Cavalos como é chamado,  inventou ferramentas de trabalho para reduzir o stress da lida: um freio salivador, rédea acolchoada, sela de alta tecnologia para reduzir o impacto no lombo. Sempre baseado no princípio de que a violência não é a resposta. Ele criou também uma escola. Gente do mundo inteiro vai para lá ver como ele inicia, prepara e educa os animais. Mais do que um simples método é uma filosofia da não violência, enfatizando a perseverança, a paciência, o respeito pelos animais, humildade e simpatia. Seu rendimento é de quase cem por cento de aproveitamento. Ele é baseado no carinho e atenção do domador em relação ao cavalo. Um vínculo de confiança e amor é desenvolvido entre cavaleiro e montaria até que, finalmente, o cavalo torna-se plenamente útil.
O processo de transformação do ser humano também é muito difícil e demorado. Graças a Deus, o método por Ele usado para nos aperfeiçoar está baseado em Seu amor e misericórdia. Assim como Salomão comparou sua amada  às éguas dos carros de Faraó, conforme lemos em Cânticos 1:9: A uma égua dos carros de Faraó eu te comparo, ó amada minha”, podemos também ser comparados pelo Senhor como uma daquelas éguas, porém assim como Salomão, Seu tratamento para conosco é: “ó querida minha” (Ct. 1:9).

As éguas de Faraó eram tão conhecidas no mundo antigo e tão bem tratadas que se tornaram símbolos do que de melhor havia naquela época. Elas  eram dotadas de beleza, força, coragem, rapidez, teimosia, firmeza e eram preparadas para a guerra. Elas entravam nas lutas com muita intrepidez e coragem. Mesmo feridas não desistiam de lutar, não paravam diante de obstáculos e avançava contra os inimigos impetuosamente. Então se trata de um grande elogio e não precisamos nos sentir ofendidos com isso, porque sabemos que o tratamento de Deus  para conosco é de muita gentileza e amor. Esse método é o mais eficaz, e é a garantia de que mais cedo ou mais tarde seremos totalmente úteis ao Senhor!

Shalom!

Maria Paiva Corá


Um comentário:

  1. Para chamar minha amada de égua, vou ter de explicar primeiro. Vou tentar...

    Muito interessante.

    Pedro Paiva / Brasília

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