Translate

quinta-feira, 25 de julho de 2013

As transformações do conceito de artista




A arte é uma constante na história da humanidade. Todas as culturas possuem arte, mas sua diversidade torna difícil sua definição. Outra noção bastante complexa é a de artista. Enquanto para alguns o artista é todo aquele que faz arte, para outros, artista é apenas aquele que elabora uma obra de arte com consciência estética. Nessa segunda perspectiva, o artista existiria apenas na Grécia clássica e no Ocidente a partir do Renascimento. Em outras culturas e períodos, como no medievo europeu, por exemplo, o artista era um artesão, e a obra de arte tinha status semelhante ao de qualquer objeto produzido pelo trabalho manual humano.

Nesse sentido, e mais ainda naquelas sociedades em que a arte tinha um fim religioso ou mágico, a maioria das obras era anônima, pois pouco importava seu autor. Só no Renascimento, em que se retomou uma noção grega clássica, o artista tornou-se um indivíduo que se definia como artista, e não como artesão: era o artista-gênio, uma celebridade valorizada justamente por produzir arte.

Kalina Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005, p. 27-8 (com adaptações)




Nota:  Coloquei o título: As transformações do conceito de artista, porque achei que seria adequado para o texto.  [MPC]   

Operários a caminho de casa




                                           Edward Munch,  Operários a caminho de casa, 1913. Óleo sobre tela.


O pintor Eward Munch nasceu na Noruega, em 1863. A miséria e os conflitos de seu tempo, assim como as tragédias de sua própria vida – Munch perdeu seus pais e dois irmãos muito cedo, viveu amores tortuosos, entregou-se ao alcoolismo -, refletem-se na maior parte de seus trabalhos, particularmente em obras como A criança doente (1886) e O grito (1898).

Munch viveu entre Paris e Berlim, onde sofreu a influência de grandes artistas. Considerado um pintor impressionista, dava forma a uma visão subjetiva da realidade.

Depois de 1910, Munch retornou à Noruega, onde viveu e pintou até sua morte. Em suas últimas pinturas, revelou grande interesse pela natureza, e seu trabalho tornou-se mais colorido e menos pessimista. Faleceu tranquilamente em 1944, aos 81 anos, em sua propriedade rural em Ekely, que se transformou no Museu Munch em 1968.

No quadro de Edward Munch, Operários a caminho de casa, homens deixam uma fábrica após um dia provavelmente exaustivo de trabalho.  O artista nos sugere  por meio de suas fisionomias que há muitos homens já mais velhos e com semblantes cansados. A maioria usa chapéus gastos e roupas escuras que os tornam ainda mais tristes e taciturnos. Alguns têm barba e bigode, e também os olhos fundos de fadiga.

Por meio do traje igual e de traços mal definidos, Munch representa a falta de identidade dos operários de uma grande fábrica, assim como o dia-a-dia maçante desses trabalhadores, que vendem seu trabalho em troca de um salário geralmente baixo e à custa de muito sacrifício.
Se o pintor tivesse usado cores coloridas e alegres nesse trabalho, o efeito seria totalmente diferente, pois as cores remeteriam a uma situação de alegria, com maior dinamismo e vida, exatamente o oposto do que o artista nos passa nessa obra.


Um forte abraço,


Maria Paiva Corá

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Uma Luz Brilhante



Numa certa ocasião, já era noite  e os três discípulos:  Pedro, Tiago e João,  estavam se preparando para descansar depois de um dia longo e muito ocupado, mas  Jesus os chamou para ir com Ele até o topo de uma montanha. Depois de uma caminhada longa chegaram ao destino. Eles  ficaram olhando para  Jesus e esqueceram todo o cansaço. De repente uma luz resplandecente, vinda do céu, caiu sobre Jesus. O rosto dEle brilhava como a luz do Sol refletida num espelho. Suas roupas se tornaram brancas como a luz e era tão brilhante que os discípulos não foram capazes de moverem-se. Foi então que viram dois homens ao lado de Jesus e ficaram muito admirados ao perceberem tratar-se de Elias e Moisés.

Que coisa maravilhosa estava acontecendo! Elias e Moisés tinham vindo conversar com Jesus!  Os discípulos  ficaram sem fôlego. Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". (Mateus 17:4) Foi então que uma nuvem resplandecente desceu sobre eles. A nuvem parecia pedacinhos de diamantes de tão brilhante que era. E a voz de Deus soou forte e grave, fazendo tremer aquela montanha: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no! "  Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se! Não tenham medo! " E erguendo eles os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus. (Mateus 17:5-8)

Em João 8 Jesus também apresentou-se como luz: a luz do mundo e a luz da vida. Como luz do mundo, Ele iluminou a consciência dos que queriam apedrejar a mulher flagrada em pecado, mostrando-lhes que nenhum deles tinha condições de julgar aquela mulher, porque também tinham pecados. Por causa de tal luz, eles se retiraram. Assim, somente a mulher, pecadora arrependida, conheceu o Senhor como a luz da vida, como Aquele que não apenas ilumina nossos esconderijos mais secretos, revelando-nos quem realmente somos,  e também nos perdoa os pecados.

Muitas pessoas, ao verem sua situação sob a luz do Senhor, fogem de Sua presença, como que se considerando caso perdido. Outras, porém, mais sábias e ousadas, insistem ainda em permanecer na Sua presença, confessando-Lhe:  “Sim, Senhor, sou pecador e não posso atirar a primeira pedra. Reconheço os meus pecados, arrependo-me deles e clamo por Teu perdão”.

Um grande abraço!


Maria Paiva Corá



domingo, 21 de julho de 2013

A ostra

“E mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus.
As doze portas eram doze pérolas, cada porta feita de uma única pérola.”
(Apocalipse 21:10,21)


Quando uma ostra se abre para respirar, alguns grãos de areia passam por entre suas conchas por causa das correntes do oceano. Mas, ao fechar-se, a água não retira todos esses grãos, e um deles pode permanecer e incomodar tal como um cisco no olho, produzindo uma ferida. A partir desse pequeno dano, a ostra libera uma secreção, um fluído, que envolve o corpo estranho até que ele se cristalize,  formando, assim, uma pérola.


Vivemos nossa vida, como uma ostra no oceano, onde muitas coisas nos ferem. Podem ser o estresse, uma dificuldade financeira, uma enfermidade, um relacionamento não produtivo, um amigo que nos decepciona ou palavras negativas, de desânimo e crítica, que abatem nosso coração. Precisamos, por isso, aprender com a ostra:  antes de deixar que o problema nos envolva e nos fira mais profundamente, façamos com que a vida de Deus flua, a fim de que qualquer circunstância, hoje, seja transformada numa pérola. Se soubermos nos posicionar em Deus em qualquer situação, mesmo os mais profundos ferimentos se tornarão pérolas úteis para  a nossa edificação.

Adotamos  um ritmo acelerado que nos rouba a alegria de viver, mas precisamos fazer tudo sem murmurações  nem contendas, para que [nos tornemos] irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta.  O importante é auto-avaliar-se sempre, ficar aberto para o novo e ser flexível.  Meu desejo de coração é que você esteja cheio da graça e do amor de Deus, nosso Pai Celestial.



Maria A. Paiva Corá

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Giovanna Emília



Hoje você faz 15 anos, ganha muitas responsabilidades...
Você pode ter mudado, tanto por dentro quanto por fora, mas pra mim sempre vai ser a mesma menininha linda que me faz rir muito ...

Adoro você!
Entendo você!
Confio em você!
Preciso de você!

Parabéns filha por seu dia! 
Desejo-lhe toda a felicidade do mundo! 
Que Deus te abençoe hoje e sempre! 

Beijos e beijos...

Mamãe


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Origem da Palavra OK





Allen Walker Read foi   etimologista americano e lexicógrafo, mais conhecido por seus estudos sobre as palavras "okay" e "fuck". Durante grande parte de sua  carreira estudando linguagem ele procurou a origem da palavra OK,  que encontrou  o seu caminho em quase todas as línguas de todos os países. A sigla também  é bastante utilizada aqui no Brasil e  tem as seguintes traduções: certo, correto, aprovado,  expressando  concordância ou aprovação.  Para muitos etimologistas, essa palavra  tornou-se uma obsessão no mundo todo, mas muitos especialistas em linguagem não concordam muito sobre onde a palavra veio.

A forma escrita é OK, ou okay e, informalmente, fala-se também okey-dokey ouokey-doke. OK pode ser usado também como verbo regular, significando “aprovar”, “endossar”.  Há também a expressão A-OK, que significa “excelente”, que vem da era espacial. Foi usada em 1961 pela NASA, nos Estados Unidos, durante um vôo do primeiro astronauta  americano: Alan Shepard.  Seu vôo terminou quando sua nave espacial pousou no oceano, como planejado.  Shepard relatou: "Tudo é A-OK".

Durante anos, os americanos pensaram que OK era de origem americana.  Dúvidas sobre este assunto  surgiram na segunda guerra mundial, quando os soldados americanos descobriram que a palavra  já era familiar em outros países, como na Grã-Bretanha, no Japão e até mesmo (de acordo com HL Mencken, um escritor americano sobre a linguagem) entre os beduínos no Saara.

Alguns linguistas sugeriram que OK era de origem europeia, afinal os europeus andaram  ao redor do mundo muito antes de os americanos entrarem em cena. Os alemães disseram que era as iniciais do posto ferozmente sonoridades de Oberst Comandante. Um estudioso britânico disse que o uso de OK na Grã-Bretanha antecedeu qualquer influência americana. As coisas estavam ficando sérias no mundo da etimologia.

Allen Read, que foi professor de Inglês na Universidade de Columbia em Nova York por quase 30 anos a partir de 1945, publicou vários outros livros e centenas de trabalhos, principalmente em Inglês Americano. Foi ele que  descobriu a origem da palavra  OK  e para ele foi  uma diversão agradável   fazer a pesquisa e que   acabou sendo o seu principal trabalho.  Ele também  contou com a ajuda de sua esposa Charlotte, uma estudiosa de semântica.

Em sua procura pela origem da palavra, encontrou muitas teorias. Primeiramente foram os europeus, mas  “eles não tinham substância”, disse. Depois ficou convencido de que foram os  americanos os responsáveis porque o  termo surgiu no século XVIII, na campanha para a reeleição do Presidente Martin Van Buren (1782-1862) nos Estados Unidos. A popularidade da palavra  surgiu quando foi adotada  pelos seus seguidores. Em 1836  ele tornou-se o oitavo presidente dos Estados Unidos.  Ele   era  conhecido como Old Kinderhook , seu apelido por causa de sua cidade natal  Kinderhook, Estado de Nova York e as iniciais OK se popularizaram  na sua campanha para indicar que, com Old Kinderhook como presidente tudo seria perfeito. De forma humorística, também se dizia que OK era sigla para orl korrect – all correct -, ou seja, tudo correto.

Allen  Read mostrou etapa por etapa,como a palavra  se espalhou pela América do Norte e no mundo. Mesmo sendo um grande trabalho  no mundo acadêmico, ainda há alguns que  ainda duvidam. Eles acreditam que a referência do jornal de Boston para OK pode não ser o mais antigo.  Outros  são atraídos para a alegação de que é de origem indiana americano. Mas bem sabemos que não se trata de uma palavra indiana.  Em  uma resposta afirmativa a uma pergunta,  Allen  Read  escreveu certa vez: "Nada é absoluto", "nada é para sempre."


Maria A. Paiva Corá

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Daltonismo




Olhe de novo: 
não existem brancos. 
não existem amarelos. 
não existem negros. 
somos todos arco-íris. 

Ulisses Tavares. Viva a poesia viva.
                 São Paulo. Saraiva. 1997.



Nota: Quando são reunidas numa expressão ou frase, as palavras possuem uma grande variedade de sentidos,

No último verso, “somos todos arco-íris”, o poeta nos mostra que o ser humano é único, igual, independente da diferença de cores; e por isso ele convida os daltônicos (ou racistas) a olharem  as pessoas cuidadosamente.

Para expressar essas ideias, o autor modificou  o significado da palavra arco-íris, dando-lhe uma nova roupagem.

Shalom!

Maria A. Paiva Corá



You are so loved!



You are so loved!


sábado, 5 de janeiro de 2013

Controle suas emoções



“A maior aventura de um ser humano é viajar, e a maior viagem que alguém pode empreender é para dentro de si mesmo. E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro, pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros, mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas e descobrir o que as palavras não disseram...
(Augusto Cury)

                                                       Médico psiquiatra, Cury é um dos grandes autores de autoajuda do país
                                                       Foto: Reprodução/VIVA! Mais

Palestra do Dr. Augusto Cury
Augusto Jorge Cury, é  médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor de psiquiatria brasileiro. Cury já vendeu mais de 12 milhões de exemplares somente no Brasil, sendo que seus livros foram publicados em mais de 50 países. Foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo como o autor brasileiro mais lido na década.
Suposto pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, Cury teria desenvolvido a teoria de Inteligência Multifocal, sobre o funcionamento da mente humana processo de construção do pensamento.
Em março de 2008, foi criado o Centro de Estudos
 Augusto Cury, em Portugal, estando o mesmo integrado no Instituto da Inteligência daquele país.













sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Enchente!



Logo no início do  mês de verão, a população do Rio de Janeiro sofre, com enchentes e deslizamentos de terra provocados por chuvas torrenciais, típicas dessa época do ano. Muitas vezes, em um único dia de verão chega a chover mais do que em um mês inteiro de inverno. A chuva que teve início na madrugada de quinta-feira (3) obrigou mais de 3 mil pessoas a deixarem suas casas no estado, de acordo com a Defesa Civil do Estado.  Os municípios mais afetados foram Duque de Caxias  e Angra dos Reis.


O cantor Zeca Pagodinho ajudou vítimas da enchente que atingiu a região de Xérem, em Duque de Caixias, no Rio de Janeiro. O músico, que vive no local há cerca de 20 anos, disse que nunca viu a situação tão complicada. Em entrevista ao programa Globo News, o artista se emocionou ao comentar o assunto e disse que percorreu desde às 6h da manhã a localidade para prestar auxílio aos desabrigados. Segundo a Defesa Civil, foi confirmada uma morte e mais de 400 desabrigados. Mas pelo que presenciou, Zeca acredita que o número é muito maior. “Está muito triste. Lá em cima é muito ruim. Se você for lá, tem criança desaparecida, tem família soterrada, tem casa que desceu rio abaixo", confirmou o artista.

Em entrevista o prefeito de Caxias, que assumiu no dia 1º , disse que foi um acidente que o lixo ajudou a piorar.  Ele tem razão porque  essas fortes chuvas causariam menos danos não fosse o problema da impermeabilização dos solos nesses centros urbanos.  Devido à grande quantidade de construções (prédios, casas e, principalmente, ruas e avenidas asfaltadas) e à falta de áreas verdes (parques, praças e quintais gramados), as águas das chuvas não podem se infiltrar no solo. Elas correm, então, com grande velocidade e volume para córregos e rios, fazendo seus cursos transbordarem. A água da chuva também carrega com ela o lixo das ruas, que entope bueiros e canis, agravando o problema. Além desses fatos, a falta de vegetação nas encostas dos morros, onde se encontram vários bairros e favelas dessas metrópoles, tem provocado a erosão e o deslizamento de terra quando ocorrem chuvas mais fortes.

A experiência da enchente serve para muitas pessoas perceberem que muitas vezes, Deus permite que “enchentes” varram nossa vida, levando tudo o que seja  do nosso  ego. Se formos sábios, não tentaremos salvar nada, mas alegremente deixaremos que tudo seja carregado pela torrente do Espírito Santo. Normalmente essas enchentes são situações de sofrimento, privação pelas  quais Deus nos permite passar. De acordo com o entendimento religioso, Ele deveria intervir nessas situações milagrosamente, acabando com nosso sofrimento; mas a maneira de Deus agir é absolutamente diferente: Seu amor por nós se revela justamente no fato de Ele nada fazer, de não remover o sofrimento, e, sim, de suprir com graça enquanto somos provados. Enquanto Deus arranca de nós tudo o que Lhe é desagradável, Ele se dá mais e mais a nós, nos enche de Sua vida e nos transforma.

Shalom!

Maria A. Paiva Corá

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Citação do dia




A fé em Jesus Cristo, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (2 Co 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final.

Um novo ano, e ninguém sabe para onde ir!



Para cada um de nós, o ano novo traz uma pergunta implícita: O que está por vir? O que terei de enfrentar? Como será minha vida neste novo ano? Através da história de Abraão, Deus nos dá mostras de que podemos confiar nEle.

Lemos no chamado capítulo dos heróis da fé: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hb 11.8). O homem de hoje está concentrado em ter garantias e em ter um plano bem organizado. Ele quer saber por qual caminho seguir e se pergunta no que pode confiar. Resumindo: ele quer considerar todas as eventualidades para poder calcular de forma exata e com antecedência quais atitudes devem tomar. Dificilmente alguém estará disposto a ir para algum lugar ou a assumir alguma tarefa sem conhecer os detalhes, sem determinadas premissas e garantias. A história da vida de Abraão também toca a nossa vida. No começo havia incerteza, mas no fim ele se transformou em exemplo e até no pai de todos aqueles que crêem (Rm 4.11). O motivo foi a sua confiança inabalável no Deus vivo e em Suas promessas. A maior segurança em meio a todas as inseguranças deste mundo é crer na Bíblia.
A maior segurança em meio a todas as inseguranças deste mundo é crer na Bíblia.

Abraão não podia fazer nada além de acreditar naquilo que Deus lhe dizia. Essa atitude de fé é o mais importante que uma pessoa pode ter. A vida de Abraão foi marcante porque ele obedeceu pela fé e atendeu ao chamado divino. Sua fé foi colocada em prática. Fé e ação andam juntas como o violino e o arco, ou como a chave e a fechadura de uma porta. Se falta uma parte, a outra é inútil, pois não há como tocar uma bela melodia, não há como abrir ou fechar a porta. Abraão tinha “somente” a palavra de Deus. O Senhor chamou-o a sair de seu país, a deixar seus relacionamentos e abandonar tudo o que tinha conseguido até então – sem saber para onde iria. Mas, olhando para o restante da história de sua vida, reconhecemos o maravilhoso objetivo que Deus alcançou com Abraão.

Entramos em um novo ano sem saber para onde ele nos levará. Talvez o Senhor Jesus tenha colocado em seu coração um certo fardo, um desejo de fazer alguma coisa em Seu Nome, e talvez você tenha de dar um passo ousado. Também pode ser que você tenha sido chamado por Deus para executar uma tarefa mas não sabe como continuar nem para onde isso o levará. Abraão simplesmente se pôs a caminho, impelido pelo poder da Palavra de Deus.

No começo deste novo ano é muito importante ter isto diante de nossos olhos: precisamos nos pôr a caminho, juntar forças a cada momento e orientar-nos para o alvo. E nosso alvo são as coisas de Deus. É perfeitamente possível que durante o trajeto sejamos assaltados pelo medo, pois a dor, a tristeza, as preocupações e outros sofrimentos podem surgir em nossa vida. Pode ser que às vezes fiquemos resignados no caminho. Mas isto não deve impedir-nos de continuar marchando em direção ao desconhecido, ao futuro – confiando nas firmes promessas de Deus. É exatamente nessa área da nossa vida que a nossa fé no Senhor precisa de um novo impulso.

Pode ser que às vezes fiquemos resignados no caminho. Mas isto não deve impedir-nos de continuar marchando em direção ao desconhecido, ao futuro – confiando nas firmes promessas de Deus.

Depois de listar os heróis da fé (Hebreus 11), a Bíblia nos diz como alcançar o alvo:“...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hb 12.2-3).

Depois que Abraão chegou à Terra Prometida, ele teve de suportar muitos testes de sua fé. Enfrentou a tentação de confiar mais em sua própria carne do que no Senhor que havia lhe dado a promessa. Em algumas situações de crise, tomou as rédeas em suas próprias mãos e foi derrotado. Mas o Senhor, em quem Abraão tinha depositado sua confiança, não o deixou cair. No fim, triunfaram a fé de Abraão em Deus e a fidelidade de Deus para com Seu amigo. O autor da carta aos Hebreus descreve a fé de Abraão com as seguintes palavras: “Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (Hb 11.9).

Nós também podemos, neste ano recém-iniciado, manter a fé nas promessas de Deus, mesmo quando os outros não nos compreendem e mesmo quando nos vêem como “estrangeiros” em seu meio. A fé em Jesus Cristo, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (2 Co 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final. O caminho da nossa existência vai da tenda passageira da vida terrena para junto do Deus eterno.

O objetivo de vida de Abraão era o mais elevado que uma pessoa pode almejar. Ele não somente sonhava com uma cidade melhor, mas a aguardava com expectativa viva e cheia de esperança: “...porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11.10). Abraão morreu e não conheceu esse lugar durante sua vida na terra, mas ainda assim ele esperava pela cidade eterna de Deus.

A fé em Jesus Cristo, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (2 Co 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final.

Não sabemos quando Jesus voltará; portanto, seria tolo tentar fazer algum cálculo. Mas uma coisa é certa: também neste ano podemos esperar pela volta de Jesus e pela Jerusalém eterna. Quer o Senhor volte neste ano ou não, quer vejamos o Arrebatamento ou tenhamos de morrer antes – o objetivo e a esperança é a vida eterna com o Senhor, que nos comprou por Seu precioso sangue e que voltará para a Sua Igreja. Um dia isto acontecerá: os mortos em Cristo e aqueles que ainda estiverem vivos serão arrebatados para a presença do Senhor (1 Ts 4.15-17) e terão sua morada na Jerusalém celestial (Ap 21.9-10).

Abraão acreditava nessa cidade. E quando foi convocado a sacrificar seu único filho, Isaque, a respeito de quem o Senhor tinha feito tantas promessas, ele “considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (Hb 11.19).

Sejamos cristãos que esperam pelo seu Senhor, neste novo ano mais do que nunca! Então valerá também para nós a maravilhosa promessa: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10).

 (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)


Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.


Neste sentido, desejamos a todos um ano novo ricamente abençoado pelo Senhor.

Maranata!

Maria A. Paiva Corá