Queremos saber como é ser pai e mãe ao mesmo tempo. Assim como nós, certamente existem em muitos lares mulheres que estão lutando para criar seus filhos sozinhas. Muitas pessoas não entendem realmente a pressão que sofremos. Muitas vezes não conseguimos atingir as crianças. Elas parecem tristes na maioria do tempo. Talvez elas se culpem de alguma forma. Como seria bom se elas entendessem que precisamos delas do mesmo tanto que elas precisam de nós.
Sozinhas, temos que enfrentar problemas que são difíceis para a maioria das pessoas entenderem. Acabamos refletindo uma grande angústia. Sentimo-nos isoladas daqueles que são alegremente nutridos por um círculo familiar completo e não sabemos como romper esse isolamento. Será que existem maneiras de tornar nossa luta solitária em uma conquista mais gratificante?
Para construir uma família saudável, vamos precisar continuar lutando. Pensando sobre isso vamos usar aqui a analogia da construção de uma casa. Primeiro o alicerce, depois a estrutura e então as paredes.
Examinando o alicerce, podemos dizer que pode ser a nossa filosofia de vida, nossas crenças e os nossos valores. Isso é o que devemos construir. Na separação, esse alicerce pode ser profundamente abalado. Podemos achar que Deus nos abandonou. Podemos até nos sentir traídas, abandonadas e até que estamos lutando através de um campo minado de culpa e angústia. Não é nada fácil! Família e amigos se acabam. Surgem problemas legais e, com freqüência, até a igreja falha em nos dar apoio suficiente.
As decisões mais difíceis geralmente giram em torno de obter maior segurança. Isso é compreensivo levando-se em conta que há uma família para sustentar. A segurança financeira acaba se tornando o valor dominante em nossa vida. Agarrar-nos aos valores da Palavra de Deus se torna fundamental. Isso pode significar muito, pois as crianças ficaram abaladas; promessas foram quebradas. Uma coisa é fundamental, mostrar para elas que a prioridade em nossas vidas é Deus. Em Deuteronômio 6:6-7 lemos “todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.”
Agora vamos falar da estrutura. Ela descansa sobre o alicerce, o qual mantém a casa em pé. Então podemos considerar a auto-estima de nossas crianças como uma estrutura essencial. O divórcio pode causar danos ao senso de auto-estima em muitos sentidos. Elas às vezes culpam a si mesmas por um ou outro problema. Devemos evitar a todo custo usá-las para nos vingarmos do nosso ex-cônjuge. Nosso ex pode ter nos tratado mal; podemos estar sentindo amarguradas e abandonadas. Mesmo assim não temos o direito de arrasá-lo na frente delas. Podemos desfazer nosso casamento, podemos seguir em direções opostas, e tentar deixar a dor para trás. Mas as crianças não podem se divorciar de um dos seus pais e ficar com outro. Elas serão sempre carne e sangue das duas pessoas e precisam sentir que nós, os pais as amamos.
Infelizmente, estamos lutando para recuperar o controle da nossa própria vida. O que precisamos agora é de paredes mais firmes, e isso exige planejamento. Temos que planejar com antecedência. Temos que decidir com cuidado que regras são importantes e que regras nós colocaremos em vigor. As regras precisam ser claras. Elas precisam saber com antecedência as conseqüências de se infringir uma delas. Por isso vamos recorrer àquela promessa feita por Deus para os pais: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.” (Provérbios 22:6)
Bem, finalizando, que possamos construir um lar saudável: começando com um alicerce firme – tempo passado junto com Deus e construir uma estrutura sólida de auto-estima para nós e nossas crianças. Quanto às paredes, devem ser sólidas com disciplina e dedicação. Esperamos que, essas três coisas funcionem juntas para prover o básico de um lar saudável.
Shalom!
Maria Paiva Corá
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